Penso que a principal diferença entre comunidade e instituição está no conceito de pessoalidade. Talvez para a Instituição nem exista mais a ideia de pessoalidade, ou essa ideia foi substituída por concentração, produtividade, rendimento e, o melhor de todos, recursos humanos. A pessoalidade traz riscos ao faturamento da instituição e é preciso eliminar todos os riscos possíveis.
Na Comunidade, a pessoalidade é o único meio que permitirá a realização de qualquer programa na Comunidade. Para a Comunidade, pessoalidade é como o campo de futebol que sustenta cada jogador com sua especialidade e experiência e todos têm acesso ao campo. Por isso que na Comunidade cada iniciativa, cada voz é insubstituível. É certo que o aumento de contradições será grande, mas é isso que torna a Comunidade mais original e pessoal. Enquanto na Instituição o serviço está limitado às funções pré-estabelecidas, que cegam os olhos da alma que antes viam o que era preciso independente da ordenança.
Na Comunidade o serviço é para as pessoas e não aos seus cargos.
Em Comunidade, qualquer expressão de “patrão” é silenciada. Para a Instituição, o desgosto no funcionamento deve ser suprimido, já na Comunidade deve ser tratado atenciosamente. Na Instituição quanto menos pessoas opinarem, melhor. Na Comunidade quanto mais olhos, mais nítido. Na Instituição, a prática leva à perfeição. Na Comunidade é a convivência. Na Instituição os impasses são discutidos de forma artificial por grupos reduzidos considerados capazes. Na Comunidade os impasses se resolvem com conversas comunitárias e muito pessoais.
Qualquer semelhança é mera coincidência!
Um salve à Comunidade!
Notas:
Esse texto é fruto de um trabalho que fiz anos atrás quando estava estudando uma matéria chamada: Psicologia Social.
