Amigos, o ano terminou e começou com duas mortes trágicas de pessoas famosas: Cássia Eller e Fernando Dutra Pinto. Aparentemente, nada a ver entre os dois. Uma, cantora pop. Outro, seqüestrador recém-formado na escola do crime. Se “Deus não tem prazer na morte do ímpio”, certamente que nós também não devemos ter. É mesmo muito triste que vidas jovens e talentosas como essas se percam de forma tão imbecil. E apesar da tristeza que nos causam, não se pode deixar de analisar friamente as circunstâncias que envolvem essas mortes.
No caso de Fernando, a tragédia estava anunciada. Toda a história, desde o seqüestro de Patrícia e seu pai famoso, aquela fuga de 007 no flat, o sumiço do dinheiro do resgate, a “garantia de vida” do governador, tudo, enfim, estava muito nebuloso. A carreira de bandido do moço foi semelhante à sua morte: fulminante, repentina e misteriosa, como definiu a revista Veja desta semana. Não que se justifique, de forma alguma., qualquer ação de vingança da polícia (se comprovada, o que será difícil). Mas quem mexe com fogo, acaba se queimando. Quem entra no mundo do crime sabe dos riscos da profissão. O ofício tem ossos duros demais para serem roídos. A história de que “o crime compensa” é negada a cada dia pela perda de vidas preciosas de todos os níveis da sociedade.
O alerta para nós é que o jovem vinha de uma família cristã (pelo menos nominal), mas que aparentemente era como a família de Eli. Na época do seqüestro, noticiou-se que o pai havia ganho uma casa do filho que ele sabia que não trabalhava nem tinha renda. Ora, como é que um pai que conhece o filho que tem aceita isso passivamente? É capaz que ele tenha dito ainda que isso era “bênção de Deus”. O filho já havia sido preso por porte ilegal de armas. E o homem fica passando a mão na cabecinha dele, como se fosse um cordeirinho? Amigos, abramos os olhos. A igreja está vivendo no meio de uma sociedade pervertida e corrupta, mas tem que ser “luzeiro” nessas densas trevas. E vamos lembrar que ninguém está livre disso.
Dias antes, tinha morrido a cantora. Tenta-se esconder o óbvio: sua morte se deve ao seu estilo de vida. Quase certo, pelas notícias divulgadas até aqui, que foi uma overdose. Mas como a hipocrisia campeia nesse país, sendo ela uma cantora popular e no auge da fama, tudo se justifica. Não se levanta uma única voz para dizer à juventude que a idolatrava: “Olhem o resultado de uma vida devassa. Caiam fora enquanto é tempo para que um de vocês não seja o próximo”. Sem contar o fato de ser ela uma homossexual assumida e declarada, numa afronta à vontade de Deus. É sempre bom que se diga claramente: Deus ama o homossexual, mas odeia o homossexualismo. Homossexualismo não é uma opção. É um pecado. Não se trata de discriminação. Devemos conviver com os homossexuais e amá-los indistintamente, mas nunca concordar com seu pecado.
Lamentavelmente, tem uma porção de gente cristã que se liga nas MTV`s e Jovem Pan`s da vida, de onde obtém o material produzido e divulgado por gente como Cássia. Esse é o estilo de vida por trás da música que muitos insistem em ouvir. É uma tremenda ingenuidade pensar que “ouvir a música não me influencia”. Não superestime sua capacidade de separar o joio do trigo. Cada vez que você compra um CD ou aumenta a audiência desse pessoal, você está colaborando para que mais pessoas sigam os seus passos e acabem, em muitos casos, como eles. Além disso, é sintomático que os mesmos que cantam o louvor de Deus no sábado e domingo, de segunda a sexta estejam tão ligados numa música cujos bastidores é chafurdada de homossexualismo, imoralidade, drogas e rebeldia. Um contraste inconciliável.
O laço macabro que une as duas mortes é a ausência de Deus. Pessoas que andam na beira do abismo como se estivessem fazendo “Cooper” na praia de Ipanema, “seguindo a vontade da carne e dos pensamentos”.
Só a igreja tem condições de reverter o quadro dessa guerra. Não a igreja institucional, a igreja da religião, dos templos e dos dogmas. Não a igreja que discute filigranas. Não a igreja das teorias. Mas a igreja real, que vive num mundo real e que não tem medo de assumir isso. A igreja que quer ser sal e luz num mundo corrompido e escuro. Esta é a verdadeira igreja. A contra ela, as portas do inferno jamais prevalecerão.
Pensando bem:
Uma igreja teórica pode ser diferente de qualquer teoria. Mas só uma igreja real pode fazer diferença num mundo real.