Em um recente documentário da BBC, neurocientistas do Reino Unido sugeriram que o cérebro dos fãs da Apple são estimulados pela imagem do logo da maçã da mesma forma como o cérebro de um religioso é estimulado por imagens de santos, deuses e afins.
O documentário, que é dividido em vários episódios, faz parte do programa chamado Segredo do Supercérebro, que analisa por que marcas famosas de tecnologia como a Apple, Facebook e Twitter se tornaram tão populares. De acordo com o site Digital Trends, as pessoas frequentemente comentam sobre o “culto à Apple” e os neurocientistas acreditam que isso faz sentido.
No primeiro episódio, o apresentador Alex Riley decidiu desvendar o motivo pelo qual as pessoas ficavam tão emocionadas com a empresa. Na abertura da loja londrina, em agosto do ano passado, milhares de “devotos” da Apple permaneceram horas do lado de fora do estabelecimento, durante a noite, enquanto a equipe preparava a abertura. Segundo o documentário, isto foi uma espécie de frenesi evangélico, um fervor religioso, que está diretamente ligado em como o cérebro reage em relação à marca.
O programa chegou a contatar o editor do World of Apple, Alex Brooks, que pensa 24 horas por dia na empresa para que o time de neurocientistas trabalhassem na pesquisa usando seu cérebro. A ideia era saber como ele reagiria ao ver imagens de produtos da Apple e de outras fabricantes. O resultado mostrou que o cérebro de Brooks não mostrou diferenças marcantes nas reações dos produtos de outras marcas, mas sim ao da Apple. “Os produtos da Apple estão acionando os mesmos bits do cérebro do editor, que são acionados quando pessoas religiosas veem imagens de fé”, disse um dos neurocientistas durante o documentário. Essa comparação pode ser comprovada porque, antes de iniciar os testes com Brooks, os médicos analisaram as reações cerebrais de religiosos também.
O documentário também mostrou uma entrevista com o Bispo de Buckingham, que lê a bíblia pelo iPad, e chegou a mostrar semelhanças de uma igreja com as lojas da Apple. Na filial de Londres, por exemplo, há um monte de imagens “religiosas” em todos os lugares e abundância de arcos e altares. Para finalizar a análise, os neurocientistas ainda lembraram que o grande messias desta religião da maçã, obviamente, é o poderoso Steve Jobs.