Amigos, parece que foi outro dia que o Cara do Site me pediu para escrever uma coluna semanal em irmaos.com e já se vai um ano que isso tudo começou. Dia 14 de dezembro de 2000 foi ao ar o primeiro texto. Era sobre o Lalau, o assunto do dia. Foi um desafio interessantíssimo. Às vezes atrasados, mas eles foram saindo, semana após semana.
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Não posso deixar de forma nenhuma de reconhecer e elogiar a coragem e a ousadia do jovem Paulinho e sua equipe em manter esta página, a despeito de todas as críticas e desaforos que ele tem sofrido ao longo dos tempos. (Aliás, é bom que se explique que o site não é meu! Eu apenas escrevo nele – o chefe é o Cara…).
No que me diz respeito, embora tivesse total liberdade de alterar e até censurar os textos (isso foi combinado desde o começo) e embora pudesse deixar apenas sobre os meus ombros a responsabilidade do que foi escrito, ele manteve-se corajosa e lealmente assinando embaixo de tudo, e publicou na íntegra todas as vírgulas que lhe enviei. Valeu, Paul! Obrigado por ter-me dado a chance de fazer uma coisa nova. Obrigado por estar disposto a pagar o preço com a gente. E obrigado por fornecer-me o espaço para dar meu BRADO DE INDEPENDÊNCIA. Muita gente vai fazer o mesmo nesse país, para a glória de Deus!
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Durante este ano, recebi muita correspondência dos leitores. Confesso que muitas vezes me surpreendi ao tomar conhecimento do quilate dos leitores. Gente de peso, de influência. Formadores de opinião. Recebi todo tipo de cartas e telefonemas a respeito dos artigos. Misturaram-se elogios rasgados a críticas furiosas, efusivos parabéns a ácidos comentários. Houve até quem sugerisse que eu precisava de um psicólogo. Houve quem pedisse autorização para republicar as matérias em boletins de igrejas, assim como houve quem aconselhasse os filhos e liderados a “ficar longe disso”.
De todas as críticas e acusações, as que mais gostei foram aquelas que diziam que os artigos estão influenciando os jovens. Uau! Que massa! Essa é justamente a idéia. Se for para escrever só para encher espaço, Paul, por favor, peça para outro. É para isso mesmo que a gente escreve. Para influenciar. Obrigado por avisar que está dando certo.
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Às vezes alguém queria adivinhar “para quem foi escrito” isso ou aquilo. O interessante é que os supostos “alvos” estavam, segundo os próprios leitores, em pontos muito distantes do Brasil, o que prova que não era nada encomendado, e sim a retratação de situações reais que vivemos nas igrejas brasileiras. Mas quem me conhece sabe: eu não preciso mandar recado. Aliás, meu lema é: “nunca deixar de dar o recado porque alguém vai ler; nunca dar o recado só porque alguém vai ler”. Funciona.
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2001 foi para mim um ano de contrastes. Se do ponto de vista profissional foi um ano dificílimo, no qual não consegui atingir sequer as previsões mais pessimistas (quer dizer, a coisa foi bem pior do que poderia se esperar na pior das hipóteses…), paradoxalmente foi o ano mais feliz da minha vida. Um ano marcado por vários acontecimentos inesquecíveis.
Foi o ano em que a Carolina começou a ir à escola, ganhamos a Beatriz (a “Segunda Bênção”, lembra?), fizemos e firmamos muitas novas amizades, fomos revigorados por Deus de maneira inexplicável, depois de um período frustrante e decepções que julgávamos insuperáveis.
Do ponto de vista do ministério, vi portas batendo na cara, enquanto Deus ia abrindo outras inéditas. Se não preguei por onde costumava transitar (por razões que a própria razão desconhece), por outro lado fui a lugares onde nunca tinha pregado. Fui ao Retiro Feliz (absolutamente inenarrável) depois de mais de 10 anos, conheci Menino Jesus (é uma cidade, com uma ponte maravilhosa e povo fantásico!!), fui a Ribeirão Preto, Vitória, Vila Clementino, Governador Valadares, Petrópolis e, para fechar com chave de ouro, Várzea Grande. (Se esqueci algum, é porque já joguei fora a agenda 2001). Sem contar a experiência fascinante de servir a Deus junto com a família extraordinária da Igreja na Paulista (vocês estão sendo especiais para nós!).
Em todos esses lugares, Deus usou pessoas, amigos e igrejas para abençoar nossas vidas.
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Termino 2001 mais ou menos como comecei. Sem saber direito como algumas coisas vão funcionar. Mas hoje posso estou cada vez mais seguro de uma coisa: ELE SABE O QUE É MELHOR PARA MIM!
Por isso, posso ser feliz. Até 2002!
Pensando bem:
“Se o que fizemos não foi o melhor, foi o melhor que poderíamos fazer” (J.F.Kennedy)