Uma pesquisa sobre o consumo nas classes sociais brasileiras revela que os emergentes são mais devotos que a elite e que a fé dá esperança para que a pessoa procure uma vida melhor e prospere.
O Data Popular, instituto que pesquisa o mercado popular no Brasil, elaborou um estudo sobre os hábitos de consumo nas classes mais baixas e achou relevante coletar os dados sobre o pagamento do dízimo na sociedade brasileira.
O resultado dessa pesquisa revela que 8% da classe AB (com renda maior que 10 salários mínimos) entrega o dízimo, enquanto que na classe C (renda de 4 a 10 s.m.) 18% o fazem e na classe D (entre 2 e 4 s.m) 23% tem o hábito de entregar o dízimo.
De acordo com Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto, isso prova que “os emergentes são mais devotos que a elite e que sua fé contribuiu para que melhorassem de vida”.
Ele explica o fato dando um exemplo bastante comum, parecido com o que ouvimos sempre em testemunhos nas igrejas evangélicas:
“Um cara que chegou do nordeste e ainda está desambientado na cidade, procurando emprego etc e tal. Esse cidadão passa em frente à igreja e alguém o cumprimenta com simpatia e o convida para entrar, e ainda o deixa sentar na primeira fileira, o que contribui para elevar sua autoestima e a crença
Mais do que um milagre do ato de dizimar, o pesquisador mostra que a igreja cria um ambiente que faz com que essa pessoa amplie seus círculos de amizades e isso também ajuda com indicações de trabalhos e direcionamento em todos os setores de sua vida.
Se o homem citado no exemplo de Renato Meirelles conseguisse um emprego e passasse a ganhar um salário de R$900,00 (estaria enquadrado na classe E – até 2 salários mínimos) e depois de alguns meses conhecesse na igreja e se cassasse com uma mulher que ganhe R$800,00 eles passarão a ter uma renda familiar de R$1.700,00 o que compreende a classe D.
Podemos notar que o discurso das ministrações é que faz a pessoa mudar de atitudes e consequentemente passe a viver em um patamar financeiro melhor. “A igreja mostra que é possível melhorar de vida, e este cidadão munido de fé, renova sua autoestima e esperanças, e consequentemente, prospera”, diz Renato Meirelles.