A morte do terrorista
Amigos, a essa hora ele já virou cinza. Deveria ter morrido explodido, como suas vítimas. Só uma injeçãozinha, e ainda com sedativo antes, foi muito pouco. 168 pessoas foram brutalmente assassinadas, incluindo 19 crianças, outras tantas ficaram feridas, sem nenhuma chance de reação ou defesa por um terrorista covarde, que fugiu para não ver o que tinha acontecido. O monstro continuou impassível até o fim, sustentado pelo governo até ontem. Até o último momento, encarou as testemunhas e posou de mártir. Nenhum arrependimento. Nenhum sentimento. Nada. Uma pedra de gelo assassina.
Timothy McVeigh teve o fim que mereceu. Melhor ainda definiu o presidente Bush: “Teve o fim que escolheu”. Aliás, algo parecido com isso dizia o poema que o homem-bomba usou para tentar explicar o que pensava: “Sou o senhor do meu destino”, dizia, citando o poeta William E Hanley.
Mas, afinal, como devem ser os últimos dias e momentos de alguém que tem data e hora para morrer? O que lhe percorre os pensamentos? O que ele mudaria e o que faria de novo? Quais os valores de vida que se estabelecem? Vai se aproximando o dia. A última refeição. A última sobremesa. O último banho. A última noite de sono. A última ida ao banheiro. As últimas palavras. O último suspiro. A morte.
Será por isso que não sabemos a nossa hora? Para evitar mais sofrimento e angústia? Mas, só para encarar a realidade, seja o dia que for, será. Um dia chegará a hora de cada um de nós.
Lembra do fazendeiro que foi avisado durante o dia que morreria naquela noite? Tudo o que tinha conseguido na vida ficaria para trás em um momento. Nada mais faria sentido ou diferença. Ser rico ou pobre, negro, branco ou amarelo, intelectual ou analfabeto, empregado ou desempregado, nada disso tem valor na última hora da vida.
Vou escrevendo isso e pensando se não seria melhor, então, aproveitar cada segundo da vida para produzir mais e melhor. Se não seria melhor rever conceitos, valores e atitudes, para não ter muito do que se arrepender ou querer mudar quando a nossa hora chegar, mesmo porque aí já não tempo para mais nada.
Havia uma canção muito popular em nosso país há alguns anos que dizia uma coisa muito certa: “Aproveita hoje, porque a vida é uma só”. Isso pode ser usado para o mal ou para o bem. É bem provável que quem a cantava queria usá-la para o mal, mas não deixa de ser uma verdade. O tribunal de Cristo vai julgar “o bem ou mal que tivermos feito por meio do corpo”. Então, é melhor aproveitar o único corpo e o único tempo que temos, e gastar ambos em algo que seja como um investimento para a eternidade.
Pensando bem:
“A vida é como uma moeda: você pode usá-la bem ou mal, mas só pode usá-la uma vez” (Charles Swindoll)