[Traduzido do Inglês]
Post original: 405: [in English] An Accidental Tentmaker in Taiwan – Jetlag 011
[ENUNCIADO]
Paulinho Degaspari e Gustavo Borges encontram Ari Rocklin, o careliano-finlandês-sueco-canadense que foi com sua família para Taiwan como missionários e descobriu o que era viver como um Fazedor de Tendas. Ouça sua história no primeiro Podcast irmaos.com totalmente em inglês!
[ABERTURA – até 1:28]
[Paulinho] Olá, pessoas! Podcast irmaos.com jet lag entrando no ar. Eu sou o Paulinho e estou aqui com o Gustavo, o cara doido que me convenceu a fazer essa doideira de gravar um podcast todo em inglês.
[Gustavo] Eu sou o Gustavo e não sou tão doido. Eu só quero compartilhar com nossos ouvintes a história de um grande amigo meu, que foi usado por Deus para ensinar muitas coisas para mim e para a minha família. Eu quero ouvi-lo junto com vocês e o nome dele é Ari Rocklin. Seja bem-vindo, Ari.
[Ari] Obrigado, obrigado. É um prazer estar aqui com os senhores hoje. Meu nome é Ari e sou do Canadá.
[Gustavo] Do Canadá?
[Paulinho] Obrigado, Ari. Você é do Canadá, mas sabemos que você está morando aí agora e tem uma longa história antes disso.
[Ari] Isso é verdade.
[Paulinho] Seja bem-vindo ao nosso podcast. Obrigado pela disponibilidade. E por concordar em juntar-se a nós. Este é um novo formato em nosso podcast, no qual temos a intenção de fazer episódios internacionais, para ajudar nossos ouvintes e nós mesmos a praticarmos outro idioma e conhecermos mais gente ao redor do mundo. Então, sinta-se muito bem-vindo ao nosso podcast.
[BLOCO 1 – de 1:28 a 15:20]
[Gustavo] Para mim, é muito interessante ter o Ari aqui, porque, quando eu entrei nesse mundo de Fazedor de Tendas, fui para os EUA fazer um curso de Fazedor de Tendas e cheguei um pouco atrasado por causa de um problema com o ônibus. Tinha um professor dando aula, não o Ari, e eu não conseguia entender uma palavra sequer. Então, fiquei um pouco frustrado e pensando: “O que está acontecendo?” Provavelmente, eu estava empolgado demais por causa da viagem e tudo mais. Meu cérebro estava muito agitado. Eu estava pensando em português, e fiz a seguinte oração: “Deus, você me trouxe aqui para participar desse curso para entender que eu não compreendo inglês? É isso o que está acontecendo? Por favor, me ajude a compreender o que você quer que eu aprenda e a entender o que eles estão falando.” Então, a aula acabou. Tivemos um intervalo de 5 minutos, voltamos para a sala de aula e o Ari veio contar sua história, sua história pessoal, e eu entendi tudo. Desde então, consigo entender tudo o que o Ari fala. Então, provavelmente, se você fizer uma pequena oração, vai ficar fácil para você também. Assim espero. Ari, enquanto os nossos ouvintes estão orando, por favor, comece a nos contar a sua história. De onde você vem?
[Ari] Obrigado por compartilhar essa história. Eu ainda não tinha ouvido. Você não é o único que falou isso a respeito dos nossos cursos. Então, você não está sozinho. Sim, minha história é única. Eu nasci em uma família de refugiados que tiveram que deixar para trás as terras de seus ancestrais − podemos rastreá-los até 700 anos atrás − devido à Segunda Guerra Mundial. Minha família morava na parte da Finlândia chamada Carélia, que era uma região autônoma com um dialeto marcante, que identificava os carélios, imediatamente, assim que falavam uma só palavra, as outras pessoas sabiam que eram da Carélia. Assim, minha família foi forçada a se mudar. Eles tiveram 24 horas para sair. Meu pai era adolescente na época, então, ele conheceu minha mãe depois, quando os dois estavam como refugiados na Finlândia, se casaram, e eu nasci naquela família. Meus avós de ambas as famílias eram refugiados. Desse modo, na minha infância, eu ouvia o quanto tinha sido difícil tudo aquilo para eles. E quando eu ia para a escola na Finlândia também, porque me batiam muito e me maltratavam pelo fato de eu ser da Carélia. Nós não nos sentimos bem recebidos na Finlândia. Por isso, meus pais começaram a procurar outros países para onde poderíamos nos mudar e a Suécia nos aceitou, ofereceu empregos muito bons aos meus pais. Conseguimos um belo apartamento, da empresa que os contratou. Lá, eu frequentei a escola, e a Suécia abriu suas portas para nós, assim como seus corações. Sentimo-nos muito, muito bem acolhidos. Amamos morar lá, aprendemos o idioma. Eu até esqueci minha língua materna, o finlandês, rapidamente. Além disso, me tornei cristão na Suécia ainda jovem, e até hoje, apesar de o meu idioma principal atualmente ser o inglês, eu ainda oro em sueco.
[Paulinho] Então, é seu idioma do coração.
[Ari] Sim, eu acredito que quando me sinto bem perto de Deus, eu falo com ele em sueco. Então, acho que, talvez, no céu, falaremos sueco. Não sei.
[Paulinho] Com certeza.
[Ari] Talvez em português, quem sabe?
[Paulinho] Quem sabe?
[Gustavo] Talvez para aqueles que conheceram Jesus na Suécia, o idioma do céu seja o sueco…
[Ari] Pode ser.
[Gustavo] Talvez só para eles.
[Paulinho] Talvez só para eles.
[Ari] Deve ser um bom motivo. Dando continuidade, minha família era bastante hospitaleira. Sempre tivemos convidados em nossa casa na Suécia, muitos pastores, evangelistas, missionários e outros. Quem precisasse de um lugar, ficava na nossa casa. E um deles foi um evangelista canadense, que convenceu meus pais a se mudarem para o Canadá, para começar uma igreja. Assim fizemos. Lembro que chegamos lá no sábado à noite, bem tarde. E no domingo de manhã, com a casa cheia de não cristãos, meus pais realizaram a primeira reunião deles, apenas algumas horas depois da nossa chegada. Sempre me recordo de, quando garoto, pensar: “eles são muito corajosos! Essas pessoas nem os conhecem e eles já estão pregando para elas”. Então foi por isso que fomos para o Canadá. Mas é claro, o Canadá era formado por pessoas de diversas culturas, todos os meus amigos da escola eram de outros países. Era um país bastante multicultural, e ainda é, o que facilitou muito o fato de ser de outro lugar, mas ainda assim ser canadense. Dessa forma, nos apaixonamos pelo Canadá e meu pai e minha mãe, até hoje, têm muito, muito orgulho de ser canadenses, assim como eu também tenho.
[Paulinho] Então você é cidadão canadense também?
[Ari] Sim, eu me tornei cidadão canadense quando eu era adolescente. Aquele foi um período interessante também porque meus pais precisaram passar por um programa, mas eu era muito jovem. Quando eles se apresentaram ao juiz para obter a cidadania deles, eu era muito novo. Então, me levaram para uma sala separada. Fui encaminhado para a sala do juiz. Fiquei de frente com aquele homem super importante. Ele olhou para mim e perguntou: “Por que você quer se tornar canadense?” Eu respondi: “Porque, desde o primeiro dia em que cheguei aqui, tenho amado este país.” E ele disse: “Seja bem-vindo ao Canadá. A partir de agora, você é canadense.”
[Paulinho] Uau. E agora, você se sente mais canadense ou mais sueco?
[Ari] Com certeza, canadense. Eu vivi aqui a maior parte da minha vida, minha esposa é daqui, meus filhos nasceram aqui. Sabe, é difícil para as pessoas de outros países entenderem, mas ser canadense não significa que você tem que abrir mão do seu país de origem ou de outros países por onde você já esteve. É bastante aceitável ser um canadense da Suécia ou um canadense da Finlândia ou da Itália ou do Brasil. É aceitável, não é algo ruim. O Canadá apoia sua cultura. Ele não quer que esqueçamos de onde viemos.
[Paulinho] Não é a mesma coisa que mudar de time de futebol. Você pode amar os dois países.
[Ari] Exatamente. Sim. Muito bem colocado. Sabe, algo maravilhoso que aprendi muito cedo foi que meus colegas de classe eram pessoas vindas da Sérvia, da Croácia, de outros países que estavam em guerra uns contra os outros e, ainda assim, quando chegavam no Canadá, se tornavam amigos.
[Gustavo] Incrível…
[Ari] Era fantástico!
[Paulinho] Um país fantástico…
[Ari] As pessoas vêm de uma guerra, agora estão aqui e são amigos. Para mim, isso é o impressionante do Canadá, o fato de não precisarmos trazer a guerra conosco. Podemos recomeçar como canadenses e acredito que Deus honra isso. Eu realmente acredito que Deus se agrada quando nos afastamos de gerações de guerra e simplesmente começamos a conviver em paz. Não é perfeito. Não estou dizendo isso. Entretanto, é um experimento interessante. Muitas pessoas falaram, inclusive, livros já foram escritos sobre como o Canadá não deveria funcionar. O ideal canadense não deveria estar funcionando, pois é tão próximo da natureza… Se você odeia alguém ou se você odiou pessoas por gerações, isso não se conserta quando você pega um avião, mas por alguma razão funciona, sim. Não é perfeito. Nem todos se tornam assim. Porém, não é incomum que antigos inimigos se tornem amigos no Canadá.
[Paulinho] Impressionante!
[Gustavo] Isso é interessante. O país desenvolveu um ambiente que torna isso possível.
[Ari] Com certeza. Porque você é um canadense agora.
[Gustavo] Sim, como canadenses, vocês não devem brigar uns contra os outros.
[Ari] Exatamente!
[Gustavo] E se você tinha contato com vários estrangeiros que iam para o Canadá, e sendo canadense por tantos anos, por que você foi parar na Ásia?
[Ari] Porque havia tantos missionários que sempre ficavam em nossa casa, decidi, ainda jovem, que também queria ser missionário um dia.
[Paulinho] Legal.
[Ari] Enquanto eu era um rapaz solteiro, é claro, ninguém me enviaria para lugar nenhum. Então, quando encontrei uma mulher para casar que também queria ser missionária, nós dois nos candidatamos em nossa igreja, dizendo que queríamos ser missionários. E eles realmente queriam nos enviar. Ficaram muito animados com a nossa vontade de ser missionários. No entanto, a realidade é que não havia dinheiro. Na verdade, as igrejas estavam chamando de volta alguns missionários porque não tinham dinheiro. Assim, parecia que não íamos nunca ter a chance de ser missionários por muitos e muitos anos, simplesmente, porque as igrejas não poderiam custear nosso envio. Até que um dia, eu perguntei, novamente, ao meu pastor: “Tem alguma chance de sairmos a campo como missionários? Nós já temos dois filhos pequenos e queremos ir logo.” Ele disse, rapidamente, para me dispensar: “Por que você não vai para o exterior para trabalhar?” E minha esposa era professora. Ela ainda não tinha atuado na área, porque nossos filhos eram pequenos. Fomos para casa naquele dia e pensamos: “Bem, essa é uma ótima ideia. Por que não vamos para o exterior para trabalhar?” Começamos, então, a procurar por escolas que a contratariam e a única escola no mundo que encontramos era em Taiwan e eles a contrataram.
[Paulinho] Uau!
[Ari] Sabe, não tivemos escolha. Taiwan era o único lugar que contrataria uma professora sem nenhuma experiência. Assim, fomos parar em Taiwan com uma filha de dois anos e a outra de três.
[Gustavo] Mas você foi com ela sem ter um emprego?
[Ari] Exatamente.
[Gustavo] Quero dizer, você tinha um emprego no Canadá?
[Ari] Sim, eu tinha um emprego no Canadá. Isso. Eu era comissário de bordo. O plano era que eu ficaria em casa com as crianças, pois elas estavam com dois e três anos de idade. Então, elas precisavam de alguém para cuidar delas. E tínhamos decidido, bem antes até de casarmos, que, se um dia tivéssemos filhos, eu ficaria em casa por pelo menos um ano.
[Paulinho] Em que ano isso aconteceu?
[Ari] Tem certeza de que quer saber?
[Paulinho] Ah, sim, pois eu acho que é importante compreender o cenário daquela época. Porque você é um homem, que ficou em casa com suas filhas enquanto sua esposa saía para trabalhar em um país asiático.
[Ari] Sim, claro, na Ásia e em Taiwan era algo inédito. Ninguém tinha nunca ouvido falar de um marido que ficava em casa com os filhos.
[Paulinho] Sim, posso imaginar.
[Ari] Sim, foi nos anos 90. Assim, você sabe, era muito difícil para as pessoas entenderem que eu ficaria em casa. No entanto, o que aconteceu foi o seguinte: quando aterrissamos no aeroporto, tínhamos todos os nossos pertences que precisávamos em caixas, quer dizer, achávamos que precisávamos, e duas das caixas tinham nossas bicicletas, que foram produzidas nos EUA, feitas à mão lá. E na alfândega, eles confiscaram nossas bicicletas porque elas tinham sido feitas na América. Isso foi muito difícil para nós, porque elas tinham sido feitas à mão, eram bem caras, as usávamos como transporte. Foi algo muito difícil de perder. Eram as coisas mais importantes que tínhamos levado conosco.
[Paulinho] Uau!
[Ari] E eles queriam que pagássemos milhares de dólares para garantir que as teríamos de volta. Não tínhamos aquela quantia. Não tínhamos dinheiro. Então, as perdemos. Uma semana depois, recebi um telefonema do aeroporto, no qual diziam: “Suas bicicletas ainda estão aqui. O que fazemos com elas?” Perguntei se poderiam enviá-las de volta para o Canadá. Eles responderam que não poderiam fazer isso. Então, o homem falou: “Eu providenciei que elas fossem entregues na sua casa. Elas chegarão aí em breve.” Eu fiquei muito grato e disse: “Obrigado, senhor. É muito gentil da sua parte. O que posso fazer pelo senhor?” E ele respondeu: “É bem simples, você pode vir e dar aula de inglês na minha escola.”
[Paulinho] Uau!
[Ari] E eu disse: “Mas eu não sou professor de inglês”. Ele falou: “Eu não me importo”. Acrescentei: “Sua cidade fica a 4 horas de distância de onde nós moramos”. Ele seguiu dizendo: “Não, não, não. Minha escola fica na sua cidade.” E então eu falei: “Bem, sabe, eu fico em casa o dia todo com as crianças, não posso deixá-las.” Ele argumentou: “Não tem problema. As aulas são à noite.” Não importava o que eu dissesse, ele tinha uma resposta na ponta da língua. Então, falei: “Eu não tenho permissão para trabalhar. Estou aqui apenas com a permissão de trabalho da minha esposa e não estou autorizado a trabalhar.” Ele disse novamente: “Eu não me importo”. Diante disso, pensei: bem, melhor eu me encontrar com esse homem, para agradecê-lo por sua gentileza em devolver nossas bicicletas. Assim, combinamos nosso encontro. Fui até a sala dele na escola. Enquanto estava sentado na sala, aguardando para conversar com ele, observei várias fotografias de aviões − havia fotos de aviões por toda a sala. Perguntei à secretária: “Que tipo de escola de inglês é essa?” E ela respondeu: “Ah, nós ensinamos inglês para comissários de bordo”. Então, disse a ela: “Hum, muito interessante, porque eu era comissário de bordo no Canadá”. Eu não fiz nenhuma conexão com aquilo, só achei que era uma coincidência. Ele era muito gentil. Gostei muito dele, do diretor da escola. Ele tentou de tudo para me convencer a dar aula e continuei procurando uma forma de escapar e dizer que de jeito nenhum eu faria aquilo. Até que, como uma última tentativa, ele colocou alguns números em um pedaço de papel e disse: “Isso é o que estou disposto a lhe pagar”. E, na época, o valor era mais alto do que tudo que já tinha recebido na vida. Então, pensei: uau, talvez eu devesse trabalhar por um período, até descobrirmos o real custo de vida em Taiwan, pois eu estava um pouco apreensivo com a possibilidade da renda da minha esposa não ser suficiente para a nossa família, porque o custo de vida lá era mais caro do que imaginávamos. E assim foi que comecei a ensinar inglês à noite naquela escola.
[Gustavo] Você foi como um missionário tradicional? Quero dizer, sua igreja enviou vocês? As pessoas providenciaram algum sustento financeiro, ou apenas enviaram vocês com apoio espiritual e disseram: sobrevivam por conta própria por lá?
[Ari] Sim, a igreja não nos deu dinheiro, pois não tinha. Contudo, as pessoas estavam dispostas a nos abençoar para irmos como missionários e orar por nós. Não houve apoio financeiro e não compreendiam como poderíamos fazer o trabalho missionário. Pensavam que eu poderia ajudar os missionários aos finais de semana, sabe, indo pregar nas igrejas locais.
[Gustavo] Durante a semana, faria trabalho secular…
[Ari] Isso. Quando a minha esposa estivesse em casa, eu poderia sair e pregar nas igrejas. E era isso que eu também achava que faria. Eu deveria aprender o idioma chinês rapidamente, para que eu pudesse pregar em chinês e assim por diante.
[Gustavo] Porém, você decidiu ser professor de inglês.
[Ari] Sim. Eu acho que não tive muita escolha. Eu tive que fazer isso. Os missionários não ficaram muito felizes, porque eles tinham um plano para a minha vida e não gostavam da ideia de eu ensinar sem a permissão de trabalho. E concordei: “Não está certo eu dar aula sem um visto de trabalho.” Então, essa foi a questão inicial que os missionários apresentaram. No entanto, de acordo com todo mundo que conheci em Taiwan, esse erro nunca tinha sido cometido pelo governo: acidentalmente, quando pegamos os nossos vistos duas semanas depois, eu recebi um visto de trabalho por acaso, apesar de ter dado entrada apenas para o visto de residente.
[Gustavo] Sua esposa deu entrada para o visto de trabalho?
[Ari] Sim.
[Gustavo] E você apenas para…
[Ari] Um [visto] de residente.
[Gustavo] Um [visto] de residente. Certo. Você conseguiu um visto por acaso… Você conseguiu um emprego por acaso…
[Ari] Sim. Com certeza. Fiquei muito animado. Fui contar para o meu chefe: “Olha o que eu tenho, olha o que eu tenho! Eu tenho uma permissão de trabalho!” Ele olhou para mim e disse: “Eu não me importo”.
[Paulinho] “Você não precisa disso.”
[BLOCO 2 – de 15:20 a 21:35]
[Paulinho] Certo, Ari, você está em um país diferente, fazendo um trabalho diferente. Contudo, sente que Deus enviou você para lá. O que você fez com isso?
[Ari] Eu não imaginava que iria gostar de ser professor de inglês. Eu não tinha treinamento para isso. Porém, quando comecei a ensinar, percebi que eu estava na companhia de pessoas que conhecia e entendia. Eram comissários de bordo. Eu era extremamente respeitado, porque eu tinha sido comissário de bordo no Canadá, e eles eram novos no ramo e estavam aprendendo, sabe, a proficiência no inglês. Então, tínhamos muitas coisas em comum. Compartilhávamos histórias e eu podia ajudá-los com questões práticas, que não tinham a ver com o ensino do inglês. “Como lidar com pessoas bêbadas? Como lidar com assédio sexual? Sabe, em diferentes culturas? Como lidar com passageiros difíceis?” Dessa forma, eu não apenas pude ensinar inglês, como consegui ensinar coisas práticas a partir de uma perspectiva ocidental, o que foi muito útil. Acabei, inclusive, preparando um manual de treinamento para os outros professores da escola também. Então, foi um ótimo lugar para trabalhar. E Deus já sabia disso antes. Eu não, como disse, de todas as escolas de inglês, como acabei ensinando comissários de bordo? Tínhamos muitas coisas em comum.
[Paulinho] Isso é maravilhoso!
[Gustavo] Como foi ser professor, pai em tempo integral em casa e, também, um missionário? Como isso tudo funcionou? Quero dizer, são muitas coisas para lidar. E você é homem, e eu sei que os homens fazem uma coisa e depois outra coisa e depois outra… Geralmente, não fazemos muitas coisas ao mesmo tempo. Não é fácil para nós.
[Paulinho] Não é mesmo.
[Ari] Obviamente, ser pai de duas meninas, de 2 e 3 anos de idade, em uma nova cultura era bastante desafiador. Eu também tinha que comprar comida todos os dias, não tínhamos geladeira. Eu cozinhava muito mal, então tive que aprender a cozinhar. Mas também com as crianças era bem exaustivo, porque sempre achei que ficar em casa significava poder tomar café a qualquer hora que quisesse. E percebi que, ao ficar com as crianças, nunca tinha uma pausa para o café. Sentia falta de estar no trabalho, mas sentia mais falta de poder ter pausas para o café. Parecia que eu nunca mais ia ter uma. Meu café sempre esfriava antes que eu conseguisse tomá-lo. Então, era bastante desafiador. Assim como as questões culturais relacionadas ao dia a dia, ao cuidado com todas as coisas no meu bairro, ao contato com a polícia, com o Departamento de Imigração, ter que ir nesses lugares várias vezes. Isso me tomou muito tempo e eu ainda estava no começo de tudo. Eu também pregava aos domingos em diferentes igrejas, então, tinha que me preparar para isso. Além disso, simplesmente, estar presente para a minha esposa, que estava lecionando pela primeira vez e, sabe, tentar agradar todo mundo era bem exaustivo. Eu ficava muito cansado. Até que meus alunos começaram a perguntar sobre minha família, minha esposa, minhas filhas, e eu contava histórias a respeito dos meus erros como pai que ficava em casa com suas duas filhas, e eles, geralmente, riam ou ficavam chocados. “Como é que pode esse cara ser deixado sozinho com duas crianças? Ele vai acabar matando elas!” Eu compartilhava todos os meus erros e eles diziam: “Que tipo de mulher confia suas filhas a esse homem?” Porque eu contava todas essas histórias…
[Gustavo] Doido…
[Ari] Pois é, doido. E, é claro, eles ficavam intrigados. Então, perguntaram: “Podemos visitá-lo e conhecer sua esposa e suas filhas?” Assim, fiz um convite para todas as turmas, dizendo: “Vocês são bem-vindos em nossa casa a qualquer hora”.
[Paulinho] Uau.
[Ari] E, claro, dentro da concepção canadense, isso significa sábado à tarde ou à noite, mas naquela cultura “qualquer hora” era literal.
[Paulinho] Qualquer hora…
[Ari] E eles começaram a aparecer toda hora, passavam a noite sem ser convidados. Parecia que sempre tinha gente na nossa casa. Sempre. Às vezes, eles ficavam por vários dias, dormiam no chão e nunca pediam nada além disso. Eles cozinhavam e minhas filhas amavam. Porque, sabe, eles eram super-heróis para aquelas meninas. E percebi que era divertido. Estávamos começando a conhecer os nativos por intermédio dos meus alunos e visitávamos suas famílias e era tudo divertido. Então, me dei conta: “Espere um minuto, todas essas pessoas estão vindo até a minha casa, elas se sentem muito bem acolhidas, gostam de nós… Deveríamos fazer um estudo bíblico com elas, ao invés de pregar aos domingos, nos finais de semana, deveríamos ter um estudo bíblico.” Assim, perguntei para eles se desejariam participar de um estudo bíblico aos sábados à noite. E todos eles foram. Às vezes, tinham tantas pessoas que sequer cabiam em nossa casa, que não era pequena. A escola havia nos arranjado uma casa relativamente grande. Desse modo, começamos com a explicação de quem era Jesus, pois eles não faziam ideia. Ali estavam jovens e modernos taiwaneses, com seus celulares, computadores, e ainda assim não sabiam quem era Jesus. Então, tive que começar bem do começo, para ensiná-los quem era Jesus e, claro, conseguir uma Bíblia chinesa que também tivesse inglês para todo mundo. Foi dessa maneira que começou o estudo bíblico na minha casa. Outra vez, mais ou menos por acaso. E, então, claro, isso significa que eu saí dos grupos missionários e não ia mais até eles. Isso causou alguns problemas também. Os missionários, obviamente, sentiam que eu os negligenciava. E, de todo modo, eles não gostavam do fato de eu estar trabalhando. Logo, isso causou alguns problemas. Porém, na época, nós tínhamos reuniões mensais com a comunidade missionária, e na hora de ter nossa primeira reunião mensal, quando essas preocupações foram apresentadas, uma pessoa já havia se convertido.
[Paulinho] Hum…
[Ari] Assim, fiquei muito animado para contar aos meus amigos missionários: “Ah, uma das minhas alunas entregou seu coração ao Senhor!” E eles disseram: “Hum, isso é impossível, porque leva um ano para que um taiwanês se converta.” Lembro que fiquei pensando: ai, céus, será que cometi um erro? Então, enviei aquela jovem à missionária e disse: “Você precisa conversar com esta missionária”. Ela foi e visitou a missionária por algumas horas. Ela voltou e a missionária me ligou e falou: “Sabe aquela jovem que veio aqui agora a pouco?” Eu respondi: “Sim, ela está bem agora?” E ela falou: “Bem, eu não compreendo. Mas ela realmente é uma seguidora de Jesus. Ela está muito feliz.” E ela repetiu…
[Gustavo] “Eu não compreendo…”
[Ari] “Eu não compreendo. Como isso é possível? Como ela se converteu tão rápido?” Eu respondi: “Não sei. Apenas estou muito animado por ela ter se convertido.” E, é claro, aquele foi o tema da reunião missionária, como aquela jovem tinha se convertido tão rápido. E na reunião seguinte, já tinha outra pessoa que havia se convertido.
[Paulinho] Nossa!
[Ari] E foi assim que o ministério começou, com todos os meus alunos e, claro, eles levavam seus amigos e seus parentes também.
[BLOCO 3 – de 21:35 a 30:10]
[Paulinho] Ari, na época em que você estava trabalhando com eles, você já compreendia o que era “fazer tendas”? Se não, quando você percebeu que era um fazedor de tendas?
[Ari] Essa é uma pergunta muito boa, porque minha igreja não sabia o que era um fazedor de tendas, eu nunca tinha escutado esse termo e nunca tinha ouvido falar sobre alguém ser missionário com sua profissão. Eu nunca tinha ouvido falar sobre nada disso. Então, quando eu escrevi para a minha igreja sobre os jovens que estavam visitando minha casa para aprender sobre a Bíblia e que alguns deles haviam se tornado cristãos, eles haviam publicado um artigo em uma revista com o título “Nosso missionário fazedor de tendas em Taiwan”, e eu consegui uma cópia desse artigo e, ao ler, pensei: “O que é um fazedor de tendas?” Então é claro que comecei a fazer uma pesquisa e estudar e “bem, sim! Eu sou um fazedor de tendas! Isso é maravilhoso!” Então foi uma surpresa para mim, descobrir que eu era um fazedor de tendas.
[Gustavo] Isso é algo que sempre vemos. Enquanto conversamos com as pessoas e as entrevistamos para esse podcast, percebemos que elas estão sendo fazedores de tendas sem saber. Na verdade, temos algumas que notaram e disseram “Uau, depois de contar a vocês sobre nossa história fomos capazes de entender o que Deus está fazendo através de nós”, e isso é maravilhoso!
[Ari] Sim!
[Gustavo] E eu sei que a história é muito mais detalhada, e, eventualmente mais pessoas puderam conhecer Jesus através do seu trabalho como um fazedor de tendas, mas você não é mais um fazedor de tendas lá… como você decidiu deixar o país e o que você deixou em Taiwan quando foi embora?
[Ari] Nós ficamos lá pelo período do contrato de trabalho de dois anos, e ficaríamos lá para sempre, porque nós amamos Taiwan, e eu já havia aprendido mandarim muito bem, e realmente queria aprender mais, mas então minha esposa ficou doente e o médico nos aconselhou a deixar Taiwan ao final do contrato. Então, nós viemos para casa, e estávamos muito desapontados, porque realmente vimos Deus fazendo milagres, e gostaríamos de viver esse tipo de vida em que as pessoas iam até Jesus e eram curadas, e viam milagres em suas próprias vidas, porque era um tempo animador, e não queríamos ir embora. Então, quando chegamos em casa, fui convidado por uma agência missionária para começar uma divisão de fazedores de tendas em sua missão, porque eles haviam ouvido nossa história, e eu acabei mentoreando e ajudando muitos outros, e é isso que tenho feito nos últimos 20 anos – tenho ajudado a preparar fazedores de tendas. Preciso acrescentar uma história que normalmente não tenho a oportunidade de contar. Quando eu voltei para Taiwan há alguns anos – porque a igreja que nós começamos lá é agora a igreja que me sustenta, eles têm me sustentado para ser um mobilizador de fazedores de tendas…
[Paulinho] Uau, isso é maravilhoso!
[Ari] Sim, de fato é uma história maravilhosa! Então, eles me convidaram dizendo “Por favor, venha por duas semanas, nós hospedaremos você e você terá a oportunidade de falar”. Então nós organizamos um seminário todas as noites durante oito dias, o mesmo seminário, para que as pessoas que estivessem trabalhando em Taiwan – havia cristãos que não sabiam que eram fazedores de tendas, que não entendiam o que era fazer tendas – para que todas elas pudessem ir ao seminário, então todas as noites a casa estava cheia. Foram 1.500 trabalhadores cristãos de apenas uma única empresa. 1.500!
[Paulinho] Uau!
[Ari] Então muitos deles foram ao seminário e todos os presentes no seminário despertaram: “Espere um pouco… então eu posso fazer isso… eu tenho feito isso há cinco anos, dez anos, e nunca pensei em compartilhar minha fé em meu ambiente de trabalho. Tenho frequentado a igreja internacional, e convivido com meus amigos cristãos do meu país natal, e nunca enxerguei que posso ser um missionário para os taiwaneses”. As pessoas choravam muito ao final do seminário: “Senhor, me perdoe por não conseguir ver que eu estou em um campo missionário e essas pessoas com quem eu trabalho são o campo missionário”. Então, para mim isso foi um testemunho muito poderoso de como é importante que as pessoas que estão trabalhando no exterior e que são cristãs possam compreender que têm uma missão maior do que só trabalhar para uma empresa, que Deus as enviou, as colocou em um lugar onde elas podem alcançar o povo local, e, para mim, essa é uma parte muito importante do que precisamos fazer, que é mobilizar essas pessoas que já estão trabalhando nesses países.
[Gustavo] Sim, no ano passado tive a oportunidade de visitar diferentes países e conheci muitos brasileiros vivendo ali. E tive a oportunidade de pregar em uma igreja em Oslo, Noruega, uma igreja brasileira, cheia de brasileiros que vivem lá. E, enquanto eu estava pregando, eu disse a eles: “Vocês sabiam que se vocês apenas mudarem a forma como vivem a vida vocês podem ser missionários, e podem ser fazedores de tendas, vocês já estão no campo missionário, só precisam se reorientar, mudar sua forma de pensar, e começar a viver com um propósito”. E aí começamos a pensar em diversas ideias e coisas que eles podem fazer, e eles ficaram tão felizes no final, tão felizes, porque eles perceberam que Deus havia mandado eles para a Noruega com um propósito, e o propósito não é apenas prover para suas famílias…
[Ari] Sim!
[Gustavo] Acho que esse é o sentimento que você teve… você se tornou um mobilizador, e as pessoas já estão lá… porque, quando estamos aqui no Brasil, por exemplo, as pessoas entendem o que estamos fazendo, elas entendem o conceito, e começam a fazer isso aqui, e estão dispostas a se mudar, mas não falam inglês, ou não conseguem encontrar um emprego, ou têm muitas coisas para resolver aqui no Brasil, então é difícil de ver pessoas se mudando…
[Ari] Sim.
[Gustavo] Mas há muitas pessoas que já moram no exterior…
[Ari] Sim.
[Gustavo] Então é muito mais fácil apenas mudar a forma de pensar, e dizer para elas: “Vocês podem ser fazedores de tendas”. É maravilhoso.
[Ari] Você sabe, o maior passo em toda a Bíblia, quando lemos as histórias, vemos que Deus movia as pessoas de duas formas: voluntariamente, quando ele mandava pessoas para outros países, outras culturas, e involuntariamente, quando movia as pessoas pelas dificuldades, pela guerra, pela fome. Você sabe, José e sua família, nem sempre são histórias bonitas, mas Deus movia as pessoas para outros lugares, onde elas poderiam cumprir sua vontade. É a mesma coisa hoje. As pessoas estão trabalhando no exterior por diversas razões, estão se mudando para países diferentes por vários motivos, e é Deus quem está movendo as pessoas para seus propósitos. Quando você falou sobre os brasileiros vivendo na Noruega, você sabia que – e eu vou muito para a Noruega, eu os entendo muito bem, eu amo a Noruega – você sabia que quando um norueguês tenta falar para outro norueguês sobre Jesus normalmente não funciona muito bem. Mas quando um brasileiro que vive na Noruega vai até seu colega norueguês e fala: “Posso conversar com você sobre Jesus?” talvez não com essas palavras, é mais provável que, por educação, eles o ouçam. “Sim, quero ouvir, porque você é de outro país, eu quero ser educado, eu quero ouvir você”; enquanto para seus compatriotas: “Não, não quero ouvir, já ouvi falar sobre isso”. Então, há algo de especial quando a mensagem do evangelho vem de uma pessoa de outra cultura, que nos torna mais abertos para ouvir. Então é isso que eu acredito que Deus use. Então esses brasileiros poderão ter um ministério maravilhoso entre os noruegueses.
[Gustavo] Sim, isso é interessante e é maravilhoso, porque nós ouvimos algumas histórias nesta série de podcasts, e é isso que podemos ver, que as pessoas estão interessadas em ouvir por que um brasileiro está ali e o que ele está fazendo. “Como é aí no seu país, como é a vida?” E, nós, como cristãos, aqui no Brasil como cristãos, nós temos uma vida cristã. Então, quando estamos em outro país e vamos contar como é a vida aqui, nossa vida é uma vida cristã, então é muito difícil explicar sem dizer que somos cristãos, porque todo mundo tem seus pré-conceitos sobre como o Brasil é, sua cultura, seu povo, então, quando estamos explicando, nós precisamos explicar que somos cristãos.
[Ari] Exatamente.
[Gustavo] Então é por isso que não vamos dançando nus pelas ruas e pela floresta como as pessoas costumam pensar, e falamos que não somos esse tipo geral de brasileiros, porque somos cristãos, então temos essa oportunidade de explicar e eles estão dispostos a ouvir.
[Ari] Com certeza.
[BLOCO FINAL – a partir de 30:10]
[Gustavo] Muito bom, Ari. É fantástico estar com você aqui neste podcast e dar a oportunidade para nossos ouvintes ouvirem um pouquinho da sua história, já que eu sei que esta história está para ser publicada num livro. Espero que nós possamos compartilhar quando o livro for publicado. Existem muitas maneiras de entrar em contato com o que você está falando sobre este movimento de fazedores de tenda, e de como nós podemos compartilhar nossa fé no nosso lugar de trabalho. Quais maneiras você recomenda para os nossos ouvintes?
[Ari] Nós temos estado muito ocupados colocando muitos vídeos no canal de YouTube da Global Intent, www.youtube.com/globalintent, e nós já temos muitos vídeos educativos lá, minha história está lá em inglês e em finlandês, porque, acredite ou não, a maioria dos fazedores de tenda com quem eu trabalho hoje é da Finlândia. E eu não planejei dessa maneira, então eu voltei às minhas raízes, e graças a Deus eu agora consigo falar finlandês novamente, e consigo até pregar, e isso ajuda muito. Bom, nós estamos adicionando mais vídeos o tempo todo, e nós queremos definitivamente ter todo o ensinamento que a Global Intent dá em salas de aula disponível neste canal do YouTube. Nós acreditamos que, num futuro próximo, vai ser cada vez mais importante que as pessoas tenham acesso a este material de onde quer que elas estejam no mundo, para quando elas tiverem tempo. Então, eu quero encorajar nossos ouvintes a irem ao canal e encontrarem um vídeo que eles gostem. Nós temos um vídeo que nós colocamos recentemente: “Os desafios dos fazedores de tenda nos dias de hoje”. São clipes bem curtos, de cerca de 3 minutos cada um sobre o que são estes desafios, e nós na verdade não damos as soluções mas nós conscientizamos as pessoas sobre quais são as dificuldades que outros enfrentam. Então antes de você ir ao campo, você tem algum tempo para se preparar para estas dificuldades.
[Gustavo] Nós também temos um jornal online – Tentmaking Today.
[Ari] Sim, Global Intent e Tent International começaram uma publicação conjunta chamada Tentmaking Today, você pode se registrar para receber os artigos, é grátis e o endereço é www.tentmaking.today que não é difícil de memorizar. Tem uma publicação nova uma vez por mês, leva somente poucos minutos para ler, nós mantemos os artigos curtos de propósito, as pessoas não têm tempo para ler histórias longas, e hoje já temos leitores em 126 países. É incrível como muitos fazedores de tendas nos informam sobre como receber essa publicação tem ajudado eles, quando estão passando por alguma situação difícil.
[Paulinho] Uau, www.tentmaking.today – muito fácil e curioso.
[Gustavo] Sim, nosso jornal. Eu posso falar “nosso” porque eu escrevi um artigo.
[Ari] É importante esclarecer que é grátis, nós não cobramos nada.
[Paulinho] Todo mundo pode se inscrever [para receber os artigos].
[Ari] Sim.
[Paulinho] Ok, Ari, muito obrigado, muito obrigado mesmo pelo seu tempo, obrigado pelo seu trabalho, e obrigado pelo que você fez na vida do Gustavo.
[Gustavo] Sim, ele é um mentor, nós ainda estamos sonhando e planejando sobre trabalhar juntos em novos projetos. O ano passado nós estivemos juntos em várias nações, pregando e compartilhando sobre este conteúdo. É maravilhoso estar com você, Ari. Eu agradeço ao Senhor pela sua família e por você e seu trabalho. Que o Senhor continue te abençoando e te dando alegria por fazer o Seu trabalho.
[Ari] Obrigado, Gustavo! Tem sido verdadeiramente uma caminhada maravilhosa trabalhar com você, e eu estou na expectativa de ver o que Deus já planejou no futuro para nós. Também, Paulinho, muito obrigado por ter sido o anfitrião neste podcast. Esta é a primeira vez na minha vida que eu participei de um podcast, então obrigado pelo seu trabalho.
[Paulinho] É o mesmo para mim, é como se fosse a primeira vez. Mas eu sobrevivi… eu acho!
[Ari] Obrigado!
[Traduzido do Inglês]
Post original: 405: [in English] An Accidental Tentmaker in Taiwan – Jetlag 011
Tradução:
Raquel Fonte (@quel.lilloise)
Deborah Stafussi (@deborahsstafussi)
Hugo César Chaves (@languagewanderer)
Revisão:
Deborah Stafussi (@deborahsstafussi)
Ouça logo abaixo o áudio original em inglês e acompanhe com a leitura da tradução para o português.