O Vaticano condenou a produção na Grã-Bretanha de um embrião humano com o DNA de duas mães, alegando que este experimento “viola três proibições”, do ponto de vista moral.
“Vai se realizar uma verdadeira clonagem, o embrião do qual se extrai o núcleo é suprimido e vai se criar um novo embrião implantado em uma mulher que passa a ser uma mãe substituta. Isto constitui uma sucessão de violações que, do ponto de vista da moral, e não apenas católico, é condenável”, afirmou à Rádio Vaticano o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, monsenhor Elio Sgreccia.
Os cientistas da universidade britânica de Newcastle receberam autorização, na quinta-feira, para transferir o núcleo de um embrião produzido por um homem e uma mulher ao óvulo não fertilizado de outra mulher.
Estes experimentos têm por objetivo encontrar uma solução para as doenças mitocondriais, que são causadas pela presença de um DNA defeituoso nas mitocôndrias, motor das células do corpo humano, a quem proporcionam a energia necessária para seu desenvolvimento.