Não queria escrever sobre a guerra,
Mas não suporto mais ouvir falar em paz!
Enquanto o sangue corre quente sobre a terra,
Querem tranqüilidade pra pecarem mais!
Se a guerra expõe a dor e a ferocidade humana,
O adultério exala assim o mesmo odor.
Se o mundo se comove com um país em chamas,
Por que ignora a luxúria que a concupiscência chama de amor?
Se os mísseis modernos atingem seus alvos com total precisão,
Se a guerra moderna é cirúrgica, em sua tecnologia,
Os velhos dardos inflamados ainda vão direto ao coração
Do homem que não vê a guerra travada na mente todo o dia.
Quantas famílias sem teto, pais e filhos sem afeto, quanta dor e miséria!
O som dos mísseis caindo, homens e mulheres fugindo sem ter pra onde correr!
A guerra saiu dos games, explodiu as casas, passou a ser coisa séria!
No entanto, a mais devastadora das guerras travamos sem perceber!
Bala perdida, gente perdida, confusão, almas amputadas, corações dilacerados!
Vidas destroçadas numa guerra que, ao que parece, quase ninguém quer vencer.
Os curativos não estancam mais a hemorragia do pecado!
O inimigo avança, enquanto o homem sem Deus clama por paz sem receber.
Para ruminar vida afora:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize” João 14:27.