Rompe em nós aquela Luz divina.
Luz risonha de feição tão clara.
Luz farol com a qual se depara
A nossa triste alma peregrina.
Rompe em nós aquela Luz maior
E clareia como se fosse manhã.
Mas não é a luz tão passageira e vã
Do candelabro tão tristonho e só.
Rompe na escuridão tão dolorida
Suas multifaces coloridas
Como um mistério só agora visto.
Rompe a Luz na minha escuridão,
E eu me torno luz também, na imensidão
Do olhar do Sereno e Santo Cristo.
por Renner R. Boldrino