Pi, pi, pi, pi, pi, pi… toca o despertador do meu relógio de pulso. Acordo sonolento, pois havia deitado as 2:00 da madruga. Vem à minha memória que é quinta-feira, dia 10/06, e que hoje começa o congresso da CONAI. Levanto rápido, mas em silêncio para não acordar a Cátia e a Layla. Faço uma oração, lavo o rosto, escovo os dentes, penteio os cabelos (que a cada dia diminuem), visto a roupa, engulo um café e vou para o Colégio Americano. Precisamos deixar tudo pronto para a realização do congresso.
Como havíamos decidido que as reuniões seriam em uma grande quadra no terceiro andar, temos que levar lá pra cima a aparelhagem de som, as cadeiras, o palco, o painel e mais um monte de coisas. Tinham também os colchões que ficariam no segundo andar. O prédio não tem elevador.
Como alguns que ficaram de ajudar não puderam vir, percebo que o dia será muiiiito cansativo. Mas não há tempo para recuar e o negócio é por as mãos na massa. Junto com os outros colegas, começa o sobe e desce para levar o som e partimos com o caminhão para buscar cadeiras, mesas, freezer, palco, fogão e outros trecos. Como fomos apanhar o fogão na casa do sogrão, aproveitamos para fazer uma boquinha (boquinha mesmo, pois dividimos em quatro a comida que seria para dois). Lá vamos nós para o colégio… e começa novamente o sobe e desce levando as coisas. Parece que não vai dar tempo! O pessoal da cantina se desdobra para preparar tudo a contento. Arruma as coisas no freezer, monta fogão, prepara a churrasqueira, cola tabela de preços e vamos lá! Os irmãos da recepção também estão a todo vapor preparando crachás, placas indicativas, atendendo aos congressistas e a correria não pára!
Enquanto isso o pessoal da cozinha também se desdobra para preparar o jantar. A cozinha foi montada na casa dos irmãos Pedro e Márcia Filisbino, que fica a uns três quilômetros do Colégio Americano. É uma correria só! Depois de pronta, a comida teria que ser transportada pelo irmão Adonaldo Lopes para o local do congresso a fim de poder ser servida aos congressistas.
Por obra e graça de Deus tudo ficou pronto a tempo. O irmão Sérgio Furtado e sua esposa também já haviam chegado do Rio de Janeiro com sua completíssima livraria e, às 17:50, conforme previsto no programa, iniciou-se o jantar.
Foi escurecendo rapidamente e, enquanto os congressistas jantavam, foram chegando os irmãos da Grande Vitória que, depois de uma inevitável parada na livraria e na cantina, subiam para o local do culto. Foi então que percebemos a dificuldade das pessoas mais idosas vencerem os degraus para chegar até o terceiro andar.
COMEÇAM AS REUNIÕES
Por volta das 19:10, ocupadas quase todas as 500 cadeiras do salão, o irmão Júlio Élcio deu abertura à primeira reunião. A expectativa era grande! Entoamos os cânticos congregacionais e logo em seguida o Coral da AOC entoou três cânticos.
Estava aproximando-se o momento de ouvirmos a Palavra do Senhor através do nosso irmão Duarte Casmarrinha de Portugal. O que Deus havia preparado para nós? Convidado à plataforma, o irmão Duarte apresentou-se melhor, cumprimentou a audiência e se pôs a pregar. Usando como exemplo o profeta Elias, nesta primeira noite ele nos falou sobre a fidelidade no serviço do Senhor. Num momento de grande crise o Senhor chamou Elias e ele obedeceu fielmente ao Seu chamado. Falou sobre a convicção no serviço do Senhor. Nos falou sobre a necessidade de honrarmos ao Senhor mesmo que isto implique em risco de vida. Lembrou-nos de que o Senhor honra aqueles que O honram. Baseou sua prédica em I Reis 16:29-17:1. Saímos daquela primeira reunião certos de que o Senhor havia falado e tocado profundamente nossos corações.
SEXTA-FEIRA
Na sexta pela manhã após o café, iniciamos a segunda reunião que foi dividida em dois períodos. Naquele dia ouviríamos o nosso irmão Peter Unruh de Curitiba e o irmão Eduardo Gomes da Luz de Goiás. Subimos as escadas até ao terceiro andar. A audiência estava bastante reduzida. Além dos poucos congressistas inscritos, havia outros poucos irmãos da Grande Vitória. Entoamos hinos de louvor e a irmã Neuza Muniz, com sua voz maviosa, cantou um hino. A seguir foi passada a palavra ao irmão Peter. Lendo Efésios 2:11-22, lançou o tema da sua prédica que foi “A Família de Deus”. Traçou paralelos entre os problemas existentes em uma família humana e os problemas da família de Deus. Citando exemplos de casos verídicos, apontou o caminho bíblico para solucionar os problemas de relacionamento que surgem nas igrejas locais. Saímos para o intervalo certos de que mais uma vez o Senhor falou conosco.
Depois de tomarmos café e conversar um pouco, subimos as benditas escadas e fomos para o segundo período da manhã. Mais uma vez a irmã Neuza cantou um hino de louvor ao Senhor e a palavra foi passada ao irmão Eduardo da Luz. Ele iniciou dando um breve relatório de uma viagem de visita a duas tribos indígenas (Apinagé e Krahó). Disse-nos que nas duas tribos há crentes ansiando por levar o evangelho para algumas tribos que ainda não foram alcançadas pela pregação da salvação em Cristo. Disse que os índios Uai Uai estão planejando alcançar os Zo’és. Já fizeram duas viagens com este intuito mas foram impedidos de entrar na aldeia pelo órgão governamental. Contudo, continuam firmes neste propósito e em breve irão viajar com o firme propósito de pregar a salvação em Cristo aos Zo’és.
Com o encerramento do processo contra a missão na qual trabalham, Eduardo e Nanci pretendem voltar a trabalhar entre os índios Zo’és, de onde foram expulsos pelo órgão governamental. Pede que oremos para que o Senhor abra as portas para que aquele povo volte a ouvir o Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
A seguir, nos convidou a ler Josué 24:14-24. O tema da sua prédica foi: “Conclamando o povo a Servir ao Senhor”. Desenvolveu os seguintes pontos:
I. Devemos Servir ao Senhor com Integridade.
“Não pode haver dualidade em nossa vida. Não podemos ser crentes só na igreja! Devemos ser inteiramente do Senhor.”
II. Devemos Servi-lo com Fidelidade.
“Nós, os crentes, devemos ser fiéis.”
III. Devemos Servir ao Senhor com Santidade.
“Há impureza no meio do povo de Deus. Há infidelidade mental, há infidelidade emocional e há infidelidade física.”
IV. Devemos Servir ao Senhor com Convicção.
“Queridos, termino dizendo: o Senhor nos chamou para servi-Lo. Nós somos dele! Não há nada mais que temos para fazer a não ser andar diante do Senhor. Estamos aqui por um breve tempo… mas é um período na história que o Senhor tem separado para nós! Estamos aqui para servi-Lo. Qualquer outra coisa menos do que isso é pecado, é fugir do que deveríamos fazer.”
Saímos para o almoço desafiados com tudo o que ouvimos naquela manhã de sexta. A medir pelas primeiras palestras, o congresso seria uma bênção. A tarde de sexta foi livre para que os irmãos pudessem descansar da viagem ou passear por Vila Velha e Vitória.
Antes de continuar, preciso relatar que devido à dificuldade das pessoas idosas, principalmente as senhoras, chegarem ao terceiro andar, alguém teve a idéia de realizarmos as demais reuniões na quadra coberta no pátio da escola. Vi com meus próprios olhos algumas senhoras que se “arrastavam”, com tremenda dificuldade, escada acima. Havíamos escolhido o terceiro andar devido à previsão do tempo de que faria frio e choveria naqueles dias. Como o frio não chegou, foi decidido descer a tralha toda e montar tudo (n o v a m e n t e) lá embaixo. E toca a descer as intermináveis escadas com aparelhagem de som, cadeiras, palco, painel etc. Montamos tudo novamente e fomos descansar para voltar a nos reunir somente à noite.
À noite, logo após o jantar, iniciamos a reunião. Os irmãos que vieram das igrejas da Grande Vitória gostaram de não precisar subir até ao terceiro andar para poder assistir a reunião. Toda a congregação cantou hinos de louvores e depois o irmão Júlio Élcio entoou alguns cânticos. Foi passada a palavra ao irmão Duarte Casmarrinha que, nesta segunda participação, nos falou sobre a “Graça do Senhor”. Baseando sua pregação em Ef 2:1-10, mostrou-nos que, quando pensarmos seriamente de onde o Senhor nos tirou, veremos que há outros que estão na mesma situação que estamos. Por isso é necessário reascender em nós a chama evangelística.
Desenvolveu os seguintes pontos:
I. A Necessidade da Graça.
“A luta contra o pecado só será ganha se dependermos da graça de Deus.”
II. A Natureza da Graça.
“Pela graça de Cristo, nós, que estávamos mortos, fomos vivificados; que estávamos perdidos e fomos salvos; que estávamos no inferno e agora estamos assentados nos lugares celestiais. Uma nova condição. Uma nova posição. A Natureza da graça permite tudo isso.”
III. A Experiência da Graça.
IV. O Ministério da Graça.
“Não somos salvos por aquilo que fazemos, mas podemos colaborar para que outros sejam salvos.”
Encerrou-se a reunião e os irmãos ficaram por ali conversando, visitando a completíssima livraria do irmão Sérgio da igreja à rua São Carlos (RJ), comendo um churrasquinho adquirido na cantina… enfim, desfrutando de momentos de comunhão.
SÁBADO
O sábado amanheceu ensolarado, prometendo ser um belo dia. Tomamos nosso café matinal. Enquanto aguardávamos o início da reunião, os irmãos conversavam alegremente e nós, da organização, acertávamos alguns detalhes (sempre têm detalhes a serem acertados). Às 8:30 iniciou-se a primeira reunião do dia. Cantamos alguns hinos e naquela manhã cantou o Quarteto Redenção. Após os cânticos, a palavra foi passada ao irmão Peter. Ele leu Efésios 4:7-16, texto no qual baseou sua pregação.
Falou sobre a necessidade de cada membro fazer a sua parte na obra do Senhor. Não consegui anotar os pontos, mas gostaria de compartilhar algumas frases que anotei durante a pregação:
“Na maioria das igrejas uma pequena parte dos membros é ativa e uma maioria se limita a ir aos cultos.”
“Meu irmão, minha irmã, se sua vida se resume à freqüência na igreja, você está em dívida com Deus.”
“Não somente é o plano de Deus que cada um esteja preparado, mas que também a liderança prepare pessoas para o trabalho do Senhor” (Conforme II Timóteo 2:2).
“A parte principal do ministério é preparar outros irmãos para o ministério. Multiplicação de ministério!”
“Há uma falta GRITANTE de conselheiros nas nossas igrejas. Recebo cartas e telefonemas de pessoas que dizem estar sofrendo há anos sem ter ninguém com quem conversar.”
“A visão do obreiro deve ser a de preparar o máximo de pessoas para o serviço do Senhor – isto se chama multiplicação. Cada cristão ganhando almas e ensinando-as a ganhar outras e assim por diante – multiplicação.”
Saímos desta primeira reunião do sábado tendo marcado em nossas mentes e corações a necessidade de descentralizar as atividades na igreja através de preparar outros para que cada um faça sua parte na obra do Senhor.
Depois do intervalo, nosso irmão Walace Valory Nunes (UMEAS), baseado em Mateus 5:1,2, desenvolveu o tema: “Atitudes Essenciais para a Vida Cristã”. Transcrevo abaixo algumas frases que consegui anotar durante e pregação:
“É preciso olhar as pessoas com o olhar de Cristo (Compaixão)”
“Muitas vezes nossa visão está focada somente no ativismo e outras vezes somente na ortodoxia.”
“Éfeso teve uma igreja e amou os perdidos, mas perdeu o seu primeiro amor. Como isso foi acontecer?”
“Jesus quer ajustar nossa visão para ser como a dele. Uma visão de compaixão pelos perdidos.”
“É necessário ter comunhão com o Senhor, caso contrário todo o nosso ativismo será infrutífero. Jesus subiu ao monte e para seguí-Lo os discípulos tinham que olhar para Ele. Caso contrário, se perderiam.”
“Se focarmos nossa visão no trabalho do Senhor, não teremos tempo de brigar uns com os outros.”
“A obra do Senhor não pode parar em nós! Precisamos trabalhar outros para dar continuidade a ela.”
“A seleção brasileira que ganhou a última copa do mundo era tão unida que foi chamada de família Scolari. E nós, como família de Deus, também devemos ser unidos.”
O dirigente encerrou esta reunião e saímos para o almoço. A tarde haveria a eleição da diretoria para o próximo biênio. Às 2:30 nos reunimos para tratar alguns assuntos e para escolher a nova diretoria. A reunião transcorreu bem e chegou a hora de indicar e eleger os membros da diretoria. As pessoas foram sendo indicadas e é preciso dizer que alguns irmãos, por motivos diversos, não aceitaram indicação para cargo na diretoria. Ao final da assembléia, a diretoria ficou assim composta: Eduardo Gomes da Luz; Agliberto Ribeiro, Adonias Gonçalves, Sílvio Dantas Agostinho, Sérgio Furtado e Eraldo Justino de Melo.
A tarde de sábado passou voando e já chegara a hora do culto a noite. Como de costume, cantamos hinos e o Quarteto Lírios do Vale louvou ao Senhor. Nesta noite o irmão Duarte falou sobre a “Importância da Família”. Leu Isaias 58:12. Seguindo um estudo feito nos EUA, citou seis características de uma família bem sucedida, as quais são:
I. O Compromisso.
“Os membros da família depositavam confiança um no outro.”
II. A Comunicação.
“O estudo concluiu que as pessoas de uma família bem sucedida conversam uns com os outros.”
• “A única pergunta idiota é aquela que nunca foi perguntada.”
• “O único mau problema é aquele que nunca foi discutido.”
• “O único pecado imperdoável é aquele que nunca foi confessado.”
III. A Celebração.
“O denominador comum nesta família é fazer coisas agradáveis juntos.”
“Se você não passar tempo com a sua esposa, outro vai passar.”
“Se você não passar tempo com seu filho, outro vai passar.”
IV. A Consideração (Hb 10:23-25)
“O estudo mostrou que o mais profundo desejo das pessoas é a ânsia de receber uma palavra de aprovação, de encorajamento.”
V. A Capacidade para Resolver Problemas
“Tapar brechas – Restaurar.”
VI. Pertencem a uma Congregação.
“Pertencem a uma igreja organizada e tem uma alta consciência espiritual.”
Esta foi a última participação do irmão Duarte no congresso e podemos afirmar que foi o Senhor quem o trouxe de tão longe para estar conosco naqueles dias. Os irmãos da Grande Vitória ainda o ouviriam durante a semana que estava por vir. Como de costume, os irmãos ficaram por ali conversando, comendo alguma coisa na cantina, comprando algum livro ou adquirindo algo no Bazar. O domingo se aproximava e com ele aquele prenúncio de saudade pelo término do congresso.
DOMINGO
A programação do domingo iniciou-se com a Ceia do Senhor. Foram momentos preciosos onde pudemos desfrutar de indizível gozo na presença do Senhor. É bom dizer que, apesar da programação incluir um espaço para a Ceia do Senhor, a Ceia não tinha nada programado. Não tinha dirigente e nem pregador escalado. A direção ficou a cargo do Espírito Santo. Foi um momento muito especial do congresso no qual apresentamos ao Senhor nossa adoração por tão grande salvação com a qual fomos agraciados. Terminada a Ceia, tivemos um intervalo. Logo após se iniciaria a última reunião do congresso. E eu, emotivo que sou, já estava com um incômodo “nó” na garganta. Arrependi-me de estar como dirigente naquela manhã, pois seria difícil segurar a emoção.
Dei abertura à reunião e, entre falas e avisos, cantamos dois hinos. A seguir, o Quarteto Lírios entoou mais alguns cânticos de louvor. Foi passada a palavra para a última participação do irmão Peter. Ele também tinha sido grandemente usado pelo Senhor para o despertamento e edificação dos que ali estiveram.
Lendo Jó 17:1-3; Romanos 12:15 e Salmo 102:4-7, apresentou o título do estudo que daria: “Mãos Estendidas”. Dentre tantas coisas maravilhosas que aprendemos naquela manhã, anotei algumas frases que transcrevo abaixo:
“Há, dentro das igrejas, pessoas solitárias. A maioria de nós quase sempre está cercada de pessoas, mas às vezes esquecemos daqueles que estão solitários, aqueles que ninguém cumprimenta.”
“Há pessoas que têm o coração ferido pela língua dos outros” (Jeremias 18:18b).
“Mãos estendidas são necessárias a qualquer pessoa, inclusive aos obreiros.”
Enriquecendo sua pregação com experiências vividas no seu ministério, o irmão Peter nos levou às lágrimas. Contou a história da prostituta Marilda, uma doente terminal de AIDS, que foi salva nos últimos momentos de vida devido ao fato de alguém ter estendido as mãos para ela. Nos ensinou e relembrou sobre a importância de estendermos nossas mãos para os necessitados de carinho, atenção, conforto, salvação etc. Foi bom ouvir mais uma vez o Senhor falando conosco.
Almoçamos e começaram as despedidas. Alguns iam para longe, como os irmãos que iriam para Paulínia (SP), outros para o Rio de Janeiro, outros para Minas etc. Nós da organização, entre um aperto de mão e outro, começamos a desmontar tudo. Era preciso devolver colchões, cadeiras e mesas, freezer, palco etc. Precisávamos deixar o Colégio Americano, que nos havia sido gentilmente cedido, em ordem para as aulas na segunda feira.
AVALIANDO O CONGRESSO
Terminei o congresso com o firme sentimento de que apesar de não ter sido um sucesso em termo do número de inscrições, ele o foi em termo de edificação espiritual. O alimento que o Senhor nos serviu foi riquíssimo, Um verdadeiro banquete espiritual! Eu, que andava meio desanimado com a oposição, saí de lá desafiado a continuar lutando para promover a integração e a união das igrejas locais. Não em torno de si mesmas, mas em torno de alvos e projetos que visem levar o Evangelho ao maior número possível de pessoas e proporcionem a edificação do povo de Deus.
Apesar de todas as limitações financeiras e da incompreensão de alguns, ao olharmos para trás podemos sentir com Esdras e Neemias que “a boa mão do Senhor foi conosco”. Também podemos dizer: “Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres” (Sl 126:3).
A Ele, portanto, toda honra, glória e louvor! Aleluia!!
Jabesmar Guimarães