É tão fácil achar um olhar perdido na multidão!
Eles são tantos, e os óculos escuros, já não escondem a desilusão.
De onde vim? Pra onde vou? Quem sou eu? Se perderam.
São perguntas que a filosofia e a religião não responderam.
Ausência de respostas, o império da ignorância sobre as perguntas cruciais.
Ausência de perguntas, soberania da apatia, sobre quem já não liga mais.
Olhares parados, vagando sem rumo, fixos em nada, sem horizontes objetivos
Ovelhas sem pastor, zumbis num cemitério bonito, sem a orientação do Deus vivo
Olhos vermelho de tanto chorar, cansados de buscar água no poço ao meio dia.
Que finalmente são fechados com o auxílio de outras mãos, em sua piscada final.
Enganados tantas vezes! A cada curva do caminho, parecia que a luta findaria.
Olhos que se fecham pela última vez sem ver o bem, vencidos pelo mal.
Vazios, sem a menina dos olhos, não atentam para o que está na cara.
Cataratas de águas turvas, sexo, drogas e rock and roll, o sonho acabou em lamento.
Cabisbaixos, buscam solução no chão, como quem cata lixo a procura duma jóia rara.
Querem descer, dar um tempo, mas descobrem que ele não pára, é como o vento.
Olhar profundo, de quem vê o mundo, com a desconfiança de um eleitor.
Sonhos desbotados, rasgados, colchas de retalhos, pedaços de uma vida de agruras.
Saudosos dos sonhos, que morreram ainda criança, sonhos de paz e amor.
Vêem suas chances, como num desfile militar, passarem diante dos olhos, uma a uma.
O pior cego, é aquele que não quer ver, olhar no fundo desses olhos e perceber,
Que existe vida, além da morte dos olhos tristes, como atrás do horizonte existe luz.
Que estão clamando: “Preciso ouvir de Cristo, não me deixe morrer, não me deixe morrer!”
Fite-os, e verá você refletido lá, ame-os como a si, e fale que a vida em seus olhos é Jesus.
Para ruminar vida afora:
“São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há, sejam trevas, que grandes trevas serão!” Mateus 6:22,23.
