A Coreia do Norte está chegando a um limite. Um representante da Portas Abertas conversou com um cristão do país que está na 1ª posição da Classificação de países por perseguição. Nos últimos oito meses, ele testemunhou uma grande mudança em seus compatriotas: “Caos e pânico absolutos”.
Muitos jornais ocidentais publicaram artigos sobre isso: “A Coreia do Norte desvaloriza sua situação atual”. Em uma tentativa de conseguir o máximo de dinheiro possível, Kim Jong-Il decidiu implementar uma reforma na moeda nacional. Por meio de transmissões de rádio, os cidadãos ouviram a mensagem de que teriam apenas uma semana para trocar suas economias para a nova moeda corrente. Mil wons valeriam apenas 10, o que significa que o dinheiro guardado durante anos seria reduzido a quase nada. Além disso, eles só poderiam trocar no máximo 100.000 wons de suas economias, o equivalente a 1.000 wons. “Foi um choque terrível para o povo. Sabe o que conseguimos comprar com 1.000 wons? Dois quilos de arroz ou 20 garrafas de água. Algumas pessoas estavam economizando dinheiro há mais de 10 anos. A mídia do governo declarou que não receberíamos mais salários. Fomos abandonados”.
O cristão continua: “Recentemente, vi um grupo de crianças, andando pela estrada. Elas estavam colhendo ervas e plantas. A escola requer que elas colham uma quantidade de plantas para o próprio estabelecimento”.
Até novembro de 2009, as pessoas podiam se cuidar sozinhas. “Claro, a situação era ruim se comparada a outros países. Muitos morriam de fome, mas outros conseguiam sobreviver. Após a reforma na moeda nacional, as pessoas entraram em pânico. Alguns sofreram ataques do coração quando souberam da perda de suas economias. Soube da história de uma mulher que havia comprado arroz na China e vendeu por muito dinheiro na Coreia do Norte. Alguns dias depois, todo o dinheiro foi reduzido a nada. Então, ela cometeu suicídio.
A economia nacional está totalmente estática. Ninguém quer gastar dinheiro “O alimento está muito caro. É possível comparar o início deste ano com a década de 90, em que muitas pessoas morreram de fome. Este é o mundo em que estamos vivendo”.