Contradições

Sou homem, e ainda não sei o que é ser isto,
Existo, mas, percebo que ainda não sei o que é viver.
Mas, começo a entender, que a resposta está em Cristo,
Homem por excelência, padrão do que preciso ser.

Amo, mas, me perco na imensidão dessa atitude,
Olho, mas, não consigo ver além do véu.
Me encontro enfim no infindo amor de Cristo, e o mundo da visão não mais me ilude.
O véu rasgado deixa penetrar na brecha, a luz, a glória e esplendor do céu.

Caminho pelo mundo, estou no mundo,
Como, sem contudo me fartar, na sensação que persiste,
Não se cala, dizendo não ser este o meu lugar.
E como peregrino e moribundo, vivo eu então na ânsia de provar,
Nas bodas do cordeiro o seu manjar.

Sonho eu, e cansado adormeço, nos braços fortes da mediocridade,
Desejo ser feliz a qualquer preço, mas muitas são as vezes, em que me falta a alegria.
Porém, desperto ao toque da trombeta, que soa da celestial cidade.
Oh! Bendita e gloriosa esperança!
Que me faz ser enfim como criança, me alegra o coração a cada dia!

Sou finito, duro pouco, como um sopro; e minha vida finda como a flor.
Por vezes minhas “certezas” se dissipam, como água, que se esvai por entre os dedos.
E fico eu, insistindo em relutar, com minhas dúvidas, ansiedades e medos.
O nardo do Espírito de Deus, me dá vislumbres da eternidade,
E acalma o mar de dúvida e pavor.

Desventurado e louco homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?
Minha alma geme, aguardando a redenção,
O dia em que as fraquezas de então, serão só lembrança.
Ouço a resposta no nome de Cristo, único capaz de me mudar a sorte.
Pois é purificado todo aquele, que nele tem essa viva esperança.

E é assim que eu encontro então alento pra viver, neste mundo tenebroso,
Sossegando o coração vil e purulento, nas mãos de Cristo o todo poderoso.
Que como vencedor já desse mundo, compartilha comigo essa vitória.
Sobre o sistema do inferno e seus efeitos, me limpa e faz crescer, de glória em glória.
Até aquele dia quando enfim, serei tal como é o meu Jesus,
Graças ao que Ele fez por mim, transportando me das trevas,
Para o reino da sua gloriosa luz.

Para ruminar vida afora:

“Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim, o que detesto” Romanos 7:15.