A nova vida: a justificação (2)

“O justo, pela sua fé, viverá” (Habacuque 2:4).

A Palavra é perfeitamente clara. Por causa da obra que Cristo realizou na cruz, Deus é justo ao justificar aquele que crê em Jesus. O crente que pela fé aceita tal declaração, embora não entenda todo o seu alcance, é declarado justo: “Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça” (1 Coríntios 1:30). Somos justificados gratuitamente: pela redenção que há em Cristo Jesus, por Sua graça, por Seu sangue, pela fé (Romanos 3:24; Romanos 5:9; Tito 3:7).

Imaginemos um tribunal em que o réu deva se defender das acusações contidas em um volumoso processo. Mas o juiz, o próprio Deus, o declara justo porque o culpado se ampara na obra de Cristo. O acusado sai do tribunal não somente perdoado, mas também declarado justo, justificado. Não se pode puni-lo por coisa alguma.

Por que então Tiago 2:17 diz: “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”? Tiago considera o tema da justificação do ponto de vista humano: “Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (2:18). Diante dos homens, a fé de uma pessoa nascida de novo é demonstrada por obras (Efésios 2:10), ou seja, pelos frutos do Espírito que ela manifesta (Gálatas 5:22). Diante de Deus, que lê o coração, a fé é contada como justiça e Deus é justo ao declarar justo aquele que tem fé em Jesus (Romanos 3:26). Concluímos com o texto de Habacuque 2:4, repetido três vezes no Novo Testamento: “O justo, pela sua fé, viverá” (Romanos 1:17; Gálatas 3:11; Hebreus 10:38).