Integrantes de duas entidades evangélicas da Argentina protestaram na ultima segunda-feira, em Buenos Aires, contra o projeto que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que tem grandes chances de tornar-se lei em meados de julho.
O protesto foi convocado em frente a sede do Parlamento pela Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas (Aciera) e a Federação Confraternização Evangélica Pentecostal (Fecep).
As duas entidades pedem que o governo convoque um referendo para que a população decida se aceita o casamento gay. A Câmara dos Deputados já aprovou a lei, no começo deste mês, por 126 votos a favor, 109 contra e cinco abstenções.
“Apoiamos a ideia do plebiscito. A sociedade deve ser consultada e o governo tem que escutar seus eleitores”, disse Rubén Proietti, chefe da Aciera.
Ele afirmou que as duas organizações conseguiram reunir “mais de um milhão de assinaturas” para dar respaldo à petição e afirmou que “uma criança deve crescer onde exista uma mãe e um pai”.
O projeto de casamento homossexual, insistentemente rechaçada pela Igreja católica, começou a ser discutida na semana passada em comissões pelo Senado.
Um grupo de 15 sacerdotes da Província argentina de Córdoba publicou na quarta-feira passada um documento no qual se diz a favor do projeto e afirma entender a homossexualidade “como uma maneira distinta, diferente, diversa de viver a sexualidade e o amor”.
Desde dezembro, cinco casais homossexuais se casaram na Argentina em meio a uma polêmica judicial, e mais de 60 entraram com recursos também tentando se casar.