Pode-se perder a salvação?

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai” (João 10:27-29).

Um crente, ou melhor, um nascido de novo, não pode perder a salvação porque tem a vida de Deus, que é eterna. Deus é seu Pai em Jesus Cristo. Esse relacionamento, uma vez estabelecido, permanece para sempre. Se tenho um filho que me envergonhou e merece a prisão, nem por isso deixa de ser meu filho; continua sendo por toda a vida.

A certeza da salvação dá ao crente a liberdade de pecar? Absolutamente não!, exclama o apóstolo Paulo indignado por essa suposição. Em Romanos 6 e 7, ele a combate afirmando que o pecado já não tem domínio sobre o crente (6:14). E conclui no capítulo 8:1: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”; e no versículo 39: “Nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Para os que são salvos existe, portanto, uma plena certeza eterna.

Mas há outros: aqueles que dizem ser cristãos sem de fato ser. Estes não receberam uma verdadeira conversão na alma deles. O comportamento que têm prova que nunca possuíram a vida de Deus. Eles não perdem a salvação, pois jamais a tiveram.

Ninguém é cristão pelo simples fato de freqüentar uma congregação, mas porque se reconhece culpado diante de Deus, se arrepende dos pecados e clama pelo perdão, crendo na obra que Jesus Cristo realizou no calvário. Os que crêem, recebem o perdão divino e mantêm um relacionamento íntimo com o Salvador jamais perdem a salvação, porque vivem a verdade de Gálatas 2:20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”.