Um dia choveu na terra.
Choveu tanto, que parecia o pranto
De um Deus de paz ao contemplar a guerra,
Num mundo bélico armado até os dentes,
Matando até seus próprios descendentes;
Era pai matando filho, irmão contra irmão,
Reino contra reino, nação contra nação.
Choveu pra afogar mágoas, de moças desonradas,
De jovens violentos, famílias destroçadas;
Pra suplantar o ódio, a ganância, o rancor
De homens que romperam com seu criador.
Parece que foi ontem que a terra transbordou
Das lágrimas benditas de um Deus de compaixão.
Mas hoje, como pode acalmar seu coração?
A Bíblia nos relata de um jovem carpinteiro
De Semblante alegre, olhar vivo e trigueiro
Que, à beira de um sepulcro, desolado, chorou.
E assim Deus nos inunda
Com misericórdia e graça,
Pois eis que sobre o próprio filho
Da sua ira eterna, fez transbordar toda a taça.
Para ruminar vida afora:
“Porque o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito santo que nos foi outorgado; Porque pela ofensa de um só morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foi abundante sobre muitos; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça” Romanos 5.