Amigos, como é aquela história de que você tem que ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore? Tem também aquela outra de chegar ao primeiro milhão de dólares até os quarenta anos. Consegui metade. Quarenta anos, duas filhas e dois livros. Da árvore não me lembro. Não vou reivindicar a ação, porque não tenho certeza de já fiz. Quanto ao milhão de dólares, já estou na busca do segundo (uma vez que o primeiro não consegui mesmo). E desta vez, não tem como chamarem de “revistinha”, “livrinho”, nem “folhetinho”. São 152 páginas!
Dez anos atrás, surgia um desejo: colocar em livro uma série de estudos que havia feito para a Escola Dominical da igreja onde me reunia na época, em São Carlos, interior de São Paulo. Repeti a série em Piracicaba, anos depois. Desta vez, gravei 10 CDs com as mensagens, as quais foram ouvidas por muitas pessoas que os adquiriram. Fiz a primeira versão do livro em 98 e engavetei. Agora, só agora, o projeto chega ao fim. E tem muito a ver com esta coluna.
Devo ao Cara do Site, a quem já disse isso algumas vezes, inclusive neste espaço, a disciplina de colocar por escrito os pensamentos e reflexões que vêm ao meu coração. Se ele fez bem ou não, não sou capaz de dizer. Não sou poeta nem escritor; sou apenas um apaixonado pelo Senhor e por Sua igreja, que pretende usar os recursos que me vem às mãos para gerar nas pessoas um interesse de pensar e repensar, de verificar conceitos, de olhar as coisas de um outro jeito ou de continuar olhando do mesmo jeito, se for o caso. Desde que isso começou, abriu-se uma janela de novas possibilidades em meu ministério, que estão me levando a situações novas e desafiadoras.
Por isso é que eu digo que o lançamento do livro Juízes, Os Bastidores do Caos tem muito a ver com a Colunet e o portal irmaos.com. Somos parceiros em muitas áreas, da vida e do ministério. Como diria a música, “nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar”.
Sobre o livro, sei que é um projeto de alto risco. Afinal, o que vende hoje é mais livro de auto-ajuda. Não estou muito certo do interesse que pode gerar um livro que se propõe a estudar Juízes. Esses dias, enquanto vendia o livro em uma conferência, alguém perguntou se era uma análise do sistema judiciário brasileiro. Não, não! É sobre os Juízes, aqueles livro do Velho Testamento, do tempo de Gideão, de Sansão, e de quem mais mesmo? Raramente conhecemos mais algum fora estes dois. Juízes fica logo ali, depois de Josué, aquele das muralhas de Jericó.
Não sei por qual razão, mas algumas Bíblias sofrem de apagões. Há páginas que ficam mais brancas do que outras, porque nunca são lidas. Entre elas estão as histórias do livro de Juízes, os profetas menores e o livro de Jó. Posso ser exceção, mas sinto-me fortemente atraído por essas Escrituras. Ando estudando estes textos nos últimos 15 anos e tenho aprendido lições impressionantes. Elas todas são extremamente, fortemente, surpreendentemente atuais. Parece incrível como as lições desses livros são aplicáveis à nossa realidade.
No caso específico de Juízes, período no qual o lema era “cada uma fazia o que parecia mais reto”, nem se fale. Como nunca vivemos, dentro e fora da igreja, o tempo em que os conceitos absolutos, como o certo e o errado, o santo e o profano, o justo e o perverso, estão fora de moda. Defende-se o direito de cada um fazer o que quiser, andar como quiser, desenvolver seu próprio padrão e sua própria agenda. Isso nunca deu certo. E a Palavra de Deus foi escrita para nos ensinar isso. Os resultados desta filosofia de vida nos levam invariavelmente para longe de Deus. E daí para a frente, já se sabe o que vai acontecer. O difícil é voltar ao trilho depois disso. É disso que se trata o livro de Juízes. E como sempre temos a tendência de fazer o que não deveríamos, certamente vai ser útil para todos nós.
Tá certo. A coluna desta semana está mais para um “jabá” do que para uma crônica. É que estou muito feliz com a possibilidade que Deus me deu de concluir este trabalho e gostaria de compartilhar esta alegria com você, meu leitor querido. Inclusive aqueles que nem sempre concordam com o que lêem aqui. Como sempre digo, isso faz parte do jogo.
Não escrevo para ser o dono da verdade. Escrevo para fazer as pessoas pensarem. Isto implica em encontrar gente que gosta e gente que não gosta. Meu único compromisso, diante de Deus, é procurar chamar a atenção, desafiar, instigar, exortar a que levemos a sério o Cristianismo que professamos.
Então, em breve nas melhores livrarias do Brasil. Enquanto elas não ficam sabendo disso, você poderá encontrá-lo aqui mesmo, na lojinha irmaos.com.
Quer dizer, isso se o Cara do Site deixar.