Amigos, se faltava alguma coisa, agora não falta mais nada. Uma gripe sem precedentes e sem combatentes assola agora a população mundial. Começou no México (de quem, como diria o revolucionário Zapatta, é o “Pobre México! Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos!”), assou para a América do Norte e com a tal globalização, onde um sujeito toma café em Nova York, almoça em Londres e janta em Paris, o novo vírus ganhou carona nos cidadãos do mundo e já chegou até nós. Engraçado que a tecnologia da vida demora décadas para chegar aqui, mas a doença vem rapidinha. Pior ainda para os suínos, que embora não tenham nada a ver com o peixe, acabaram pagando o pato.
Num momento quase de pânico, potencializado pelo sensacionalismo da mídia internacional, temos assistido a cenas e conseqüências inacreditáveis. Desde a moleza concedida do Timinho do Morumbi, que ganhou na “mão grande” a vaga às quartas de final da Libertadores porque não quis ir jogar no México (e não fez nada para jogar em qualquer outro lugar) até um grupo de argentinos que cercou um ônibus em Mendoza porque um passageiro chileno estava com febre e suspeitava-se de gripe A. Um montão de gente parou de comer carne de porco, como se isso fosse adiantar alguma coisa. A tal gripe não é transmitida por suínos, especialmente aqueles que estão na panela, devidamente assados ou cozidos.
Este estado de coisas nos permite ter um relance, ainda que muito de leve, sobre como será o estado deste mundo logo depois que a Igreja for arrebatada e começarem as catástrofes naturais e as pandemias que acometarão a população nos anos da Grande Tribulação. Bem mais do que a metade da população do mundo inteiro será dizimada pela fome, pelas guerras, pelas catástrofes e pelas doenças. Para aqueles que desprezam ou zombam das profecias, esta gripe é um sinal de que nada que está registrado no Apocalipse seria difícil de acontecer a qualquer momento. O mundo de hoje é um vulcão prestes a entrar em erupção. Nem podemos imaginar quais seriam as conseqüências mundiais, num momento de crise econômica como este que estamos vivendo agora, se a dita Influenza A se espalhasse. Países parados, sem poder sair de casa, como poderiam produzir a riqueza necessária para alimentar as pessoas? Como a economia poderia se recuperar sem as viagens e o vai-e-vem comercial entre as nações? Pois é exatamente isso que vai acontecer no futuro e não será apenas por causa de uma simples gripe. Há descrições de doenças terríveis tomando conta das pessoas, que nada poderão fazer para controlá-las, muito menos para estancá-las. O mundo vai parar por 7 anos, sofrendo o juízo implacável da ira de Deus contra seu pecado, idolatria e rejeição de Deus. Curiosamente, quanto mais Deus derrama a sua ira, mais rebeldes os homens se tornam. É o tempo do 666, quer dizer, do homem sentindo-se mais do que nunca o centro de tudo e adorando a si mesmo, na figura do anticristo e decretando a sua mais aberta e descarada rejeição a tudo o que se chama Deus.
A profecia não é ficção. Tudo aquilo que os profetas falaram antes de Jesus vir ao mundo foi cumprido letra por letra. As previsões feitas séculos antes, com detalhes impressionantes e que foram realizadas com incrível precisão, não apenas sobre o Messias, mas também sobre Israel e as outras nações do tempo dos profetas do Antigo Testamento, são a garantia expressa de Deus para que não tenhamos dúvidas a respeito das que ainda estão para se cumprir. Se aquelas foram cumpridas, por que motivo as demais não o serão?
Olhando as coisas que estão acontecendo ao nosso redor, será que como cristãos destes últimos dias temos tempo para perder alimentando impérios espúrios, desconectados com os princípios e projetos do Reino? Será que podemos nos dar ao luxo de enroscar nossas vidas em discussões inócuas, que levam do nada ao lugar nenhum? Será que podemos continuar brincando de igreja, discutindo detalhes que não farão qualquer diferença para as pessoas que não tem esperança? Quando vemos pessoas brigando por aumentar sua membresia conclamando, ao invés de perdidos ao arrependimento, crentes de outras igrejas, seria isto uma atitude compatível com a profecia? Podemos continuar comprando espaço no rádio e na televisão para fazer propaganda de nós mesmos e de nossos números de conta-corrente?
Pior do que isso, como podemos continuar encontrando e tolerando cristãos que não se dão ao trabalho sequer de manter o mínimo de compromisso com Deus e com sua igreja? Os primeiros cristãos, dos tempos dos apóstolos (os verdadeiros, não os pseudo-apóstolos do século XXI), muito mais distantes em tempo e espaço do final dos tempos, viviam com muito maior intensidade a expectativa da volta do Senhor e das suas conseqüências escatológicas. Viveram como se fossem efetivamente a última geração, ou seja, uma geração que não tinha razão para fincar raízes profundas demais no solo deste mundo, porque sua pátria, sua polis definitiva era o céu, não aqui. Trabalharam, negociaram, compraram e vendiam, mas sempre com os olhos fixos no horizonte, de onde aguardaram sempre a manifestação do Senhor Jesus. Se o tempo se aproxima, se os sinais de catástrofes apocalípticas são uma realidade cada dia mais próxima, testemunhada até mesmo por nós que não passaremos pelo auge da tragédia anunciada da Tribulação (sendo a linha pré-tribulacionista na qual creio), como podemos ter postura diferente diante da vida?
A profecia não é sensacionalismo. É alerta. Vai acontecer. É inescapável. Por que então vivemos como se não acreditássemos nela? Como podemos ser insensíveis diante da realidade que se sabe estar às portas? Olhando para a atitude de muitas igrejas e organizações cristãs têm-se a sensação de que elas se importam tanto com a profecia quanto qualquer banco, indústria ou conglomerado empresarial. Quais são nossos alvos? Quais nossas prioridades? Quais nossas principais preocupações? O que tratamos em nossas últimas reuniões de planejamento? O que nos preocupa?
Atchim! Atchim! Puxa, acho que estou com gripe. Espero que não seja do tipo A. Mas que ela me faça pensar no que vem por aí.