“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa” (Filipenses 2:15).
Ernest Gordon escreveu: “Era 1943. Eu era prisioneiro de guerra, e juntamente com outros companheiros devíamos construir uma via férrea na selva e uma ponte sobre o rio Kwai para chegar à Birmânia (atual Mianmar). Quando nos dirigíamos ao trabalho, os indígenas nos tratavam com indiferença ou desprezo. Certa vez chegamos a uma aldeia onde as pessoas se aproximaram de maneira tão diferente que ficamos surpresos. Os olhos dos que se apertavam à beira da estrada para nos ver passar eram compassivos. Antes de sairmos daquela aldeia, os habitantes tinham voltado carregados de bolos, bananas, ovos, medicamentos e dinheiro que nos ofereceram amavelmente.
Mais tarde soubemos que aquela aldeia tinha se convertido ao Evangelho. A luz do cristianismo havia brilhado nesse rincão da selva graças ao trabalho de uma missionária que teve de fugir depois que a guerra estourou.
Esses breves contatos com o mundo exterior nos lembravam de que felizmente ainda existia um modo de vida mais humano. Sem palavra alguma, a mensagem do autêntico cristianismo havia sido transmitida.”
O que o apóstolo Paulo disse sobre os coríntios pode ser aplicado àqueles aldeões: “Sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração” (2 Coríntios 3:3).