“Pleiteaste, Senhor, os pleitos da minha alma, remiste a minha vida.” “Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus” (Lamentações de Jeremias 3:58; Salmo 40:3).
Agosto de 1994. Alguns cristãos de uma organização humanitária chegaram a uma aldeia de Ruanda. Um insuportável cheiro precedeu uma terrível visão. Um mês antes, mais de 600 pessoas haviam sido massacradas de maneira selvagem no interior e ao redor de uma igreja. O crime delas? Não pertencer à etnia dos agressores. Os cadáveres, ou que restava deles, estavam em adiantado estado de putrefação, alguns ainda em cima dos bancos, apertando os restos de um bebê ou um livro de oração. Como fantasmas, uns sobreviventes vagavam nesse cenário dantesco; não tinham forças para enterrar seus mortos. Era necessário reunir tal gente moralmente ferida, confusa e esmagada pela dor, para ajudá-los. Vários se rebelaram. E, é claro, logo surgiu a pergunta: Onde Deus estava quando esses inocentes foram degolados?
O Senhor que socorreu os cristãos nesse apuro levou-os a responder com outra pergunta: Onde Deus estava quando Seu Filho agonizava no Gólgota? Ficou surdo ao grande “por que me abandonaste?” de Seu Unigênito? Não; diante dessa suprema injustiça, Deus guardou silêncio para nossa salvação. Ele fez isso para que todos os que crêem nEle participem um dia da triunfal ressurreição e recebam a “coroa da vida” Apocalipse 2:10. Que esperança para os que morreram em circunstâncias tão horríveis! Como resposta à maldade do homem, Deus ofereceu a salvação. Agradeçamos por tudo o que Ele tem feito.