“O SENHOR responde: “Será que uma mãe pode esquecer o seu bebê? Será que pode deixar de amar o seu próprio filho? Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês” [1]
Gostaria de contar-lhes a história de uma criança de três meses. Alice é um bebê que teve inúmeras complicações na gravidez e parto. É filha mais nova de uma senhora alcoólatra. Quando Alice nasceu, sua mãe estava em estado de coma alcoólico e a criança nasceu com o sistema nervoso completamente deprimido. Ela sofreu asfixia (má oxigenação cerebral) e por causa disto carrega consigo muitas sequelas.
Alice tem apenas três quilos. Não consegue engolir absolutamente nada. É alimentada através de uma sonda instalada em seu estômago. Não chora. Produz tanta secreção na boca e nariz, que precisa de uma outra sonda de aspiração contínua das vias aéreas para que ela não se afogue em sua própria saliva. Alice precisa de atenção continuamente.
Ter uma criança com déficit neurológico não é fácil. Entretanto, é incomum encontrar mães que não estejam esperançosas em relação aos seus filhos. Alice é um destes casos incomuns. Sua mãe raramente está presente na enfermaria. Abandona a criança pela manhã e só retorna à noite, quando retorna no mesmo dia!
Hoje, ao examinar aquela criança que tenta respirar com um poço de “meleca” saindo do seu nariz, fui consolado pelo Espírito do Senhor que me fez lembrar daquelas doces palavras de Isaías…
Imagine só… Há mais de 2700 anos, Deus já havia revelado oque as estatísticas humanas dizem ser novidade (ainda que uma mãe se esqueça do próprio filho – o que é improvável), isto pode acontecer. Mas mesmo que aconteça, Deus não está disposto a se esquecer de nós.
Não sei o que está reservado para Alice. Nem por quanto tempo mais ela ainda estará conosco. Uma lição, porém, eu já aprendi com ela: Mesmo se ao meu redor eu não conseguir enxergar nenhum vulto me acompanhando, ainda assim, estarei seguro, pois o meu Deus não me deixará sozinho. A Sua vara e o Seu cajado continuarão ao meu lado me consolando…
Até a próxima.
Notas:
[1] Isaías 49:15 (BLH)