“…pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração.” [1]
Estava de plantão em uma UTI Neonatal. Tínhamos somente uma criança internada – uma prematurinha de 1800 gramas com bom estado geral no vigésimo dia de vida. Após orientar a enfermagem quanto aos cuidados gerais, chegou a hora da amamentação e a mãe da criança foi chamada. Julia estava sugando bem ao seio materno e ganhando peso. Receberia alta em breve. Estava conversando com a enfermagem comentando a respeito de cristãos que têm vergonha de ser reconhecidos como tal.
Após alguns momentos, a mãe de Julia me procurou e disse: Doutor, o senhor é de qual igreja? Respondi à pergunta da mãe, ao que me respondeu… então eu acho que assisti a uma pregação do senhor. Foi no dia dos pais, num culto às 17:30h, o senhor pregou sobre isso, isso e isso…
Aquela mãe relembrou toda a mensagem que havia pregado há quase um ano atrás em um culto com poucas pessoas à tarde. Nem eu mesmo lembrava de tantos detalhes quanto ela!
Deus prova o nosso coração. Ouvi certa vez que subir em um púlpito e pregar uma mensagem é um trabalho bastante fácil. Difícil mesmo é testificar daquilo que você pregou. De fato isto é verdade. Deus nos confiou o Evangelho. E o que isto implica? Implica que, quando propagamos estas Boas Novas estamos falando em nome do próprio Deus – e isto traz consigo enorme responsabilidade, pois se portamos a mensagem indignamente nos tornamos réus daquilo que nós mesmos falamos, e quem nos julga é o próprio Espírito Santo, que esquadrinha nosso coração e mente. Não somos donos do Evangelho…
Fiquei muito feliz ao saber que uma mensagem pregada a tanto tempo atrás frutificou no coração daquela jovem mãe. Porém me senti encorajado a manter minha conduta e relacionamento aprovado para não incorrer em ser achado em falta diante de Deus – o legítimo dono da mensagem salvadora.
Até a próxima.
Notas:
[1] 1 Tessalonicenses 2:4