“Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro” (Zacarias 13:7).
No domingo passado meditamos acerca do que o Senhor Jesus sofreu da parte dos homens. O versículo de hoje nos fala sobre o que Ele sofreu da parte de Deus.
A espada é um símbolo do juízo vindo de Deus e que alcançou Cristo durante as três horas de trevas. Sem tirar a responsabilidade dos seres humanos que crucificaram o Senhor da glória, Ele foi “entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus” (Atos 2:23).
Assim, os golpes do Deus santo e justo caíram sobre Seu “companheiro”, ou seja, Seu amado Filho, que como homem manifestou uma perfeita comunhão com Deus. Por quê? Porque Ele Se ofereceu como uma vítima voluntária. Carregando nossos pecados e feito pecado por nós, Jesus morreu como vítima expiatória, e ao expiar os pecados glorificou a Deus. Como o nosso Redentor é digno de honra e adoração!
O Salmo 22 fala sobre os insondáveis sofrimentos de Cristo sob a mão divina: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias? Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego” (vv. 1-2). “Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera e derreteu-se dentro de mim. A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte… Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam” (vv. 14-15,17). Ao meditar em tudo isso e nos confrontarmos com o amor de nosso Senhor e Salvador, não há palavras que possam descrever o que o coração sente. Que outro deus foi capaz de amar tanto assim? Que ídolo fez algo minimamente semelhante por seus adoradores? Mais incompreensível que o amor do Senhor Jesus é a capacidade humana de rejeitá-lo!