“… O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (Rute 1:16)
Até hoje, a história de Rute inspira teólogos, professores, estudiosos, escritores, pregadores e poetas. A escolha de Rute chama a atenção para o que é uma verdadeira conversão – por escolha própria ela trocou o seu povo e os seus deuses, pelo povo de Noemi e pelo Deus de Noemi.
Terminamos o livro dos juízes, constatando que cada um era dono do seu nariz, escolhendo viver longe de Deus e de Sua palavra. Porém, no meio de tantos judeus ingratos e incrédulos, encontramos a história de Rute, a moabita crente.
Isso é demais importante, porque a história dos povos mostra de uma maneira muito clara que quando uma pessoa sai de seu país e vai para outro, leva consigo sua cultura, seus costumes e, principalmente, sua fé. Exemplo: os escravos africanos – quando foram levados como escravos para outros países (inclusive foram trazidos para o Brasil) perderam tudo, sua dignidade, seus bens, e sua família, mas o que ninguém pôde tirar deles foi sua cultura e sua fé. No caso de Rute foi exatamente o contrário, por isso, sua saga torna-se ainda mais linda e significante.
I. Noemi, exemplo de evangelista
Antes, porém, de pensarmos na confissão de fé de Rute, não podemos nos esquecer da “evangelista” Noemi:
1. Noemi dava um bom testemunho – isso fica claro, porque ninguém escolhe seguir a Deus por um mero acaso – Rute viu em Noemi a presença do seu Deus. Rute viu em Noemi uma fé viva num Deus vivo que ela não conhecia até então. O judeu tinha o privilégio e o dever de refletir a imagem de Deus em sua vida, por onde quer que fosse, e fica fácil perceber que Noemi fez muito bem o “dever de casa”.
2. Noemi deu a Rute a chance de escolher por si mesma – Ela não forçou uma decisão, não fez chantagem emocional, nem criou um clima para uma conversão forçada, precipitada, ou até mesmo falsa.
II. A conversão de Rute
Voltemos nossa atenção para a escolha de Rute:
1. Ela escolheu o povo de Noemi para ser o seu povo – Ao escolher o povo judeu, ela escolheu viver assim como os judeus viviam. Ela escolheu seguir os costumes, a cultura, a lei e a fé desse povo. Ela sabia bem quem eram os judeus e como viviam, e, por isso, sua decisão não foi precipitada, ela sabia bem o que estava fazendo.
2. Ela escolheu o Deus de Noemi – ela escolheu seguir e adorar ao Deus verdadeiro, abrindo mão de seguir e adorar aos seus deuses. Muitos judeus seguiam a Deus por imposição da lei, e familiar, mas Rute escolheu segui-Lo e amá-Lo. Ninguém a obrigou a tomar essa decisão, ela fez de coração e, para Deus, é isso que conta.
Pense:
Sua conversão é real como a de Rute, ou imposta por alguém? E se é real, tem você servido de inspiração para que outras “Rutes” escolham seguir o seu Deus?