Imagem dos EUA entre árabes melhorou com Obama, diz pesquisa

Uma pesquisa realizada em seis países árabes apontou que a imagem dos Estados Unidos melhorou perante os povos árabes depois que o presidente americano Barack Obama assumiu o poder.

Segundo a Pesquisa Anual de Opinião Pública Árabe, 77% das pessoas ouvidas disseram ter uma visão “desfavorável ou muito desfavorável” aos Estados Unidos, comparado aos 83% de 2008.

Mais da metade dos árabes, ou 58%, disseram ter “alguma visão esperançosa ou muito esperançosa” sobre a política do governo Obama para o Oriente Médio.

Outros 28% não tinham nem esperança nem pessimismo, enquanto que 14% dos entrevistados demonstraram algum ou muito desalento em relação à administração americana.

A enquete – que foi conduzida pela Universidade de Maryland juntamente com a empresa de pesquisas Zogby International, ambas americanas – ouviu 4.090 pessoas de Egito, Jordânia, Líbano, Marrocos, Arábia Saudita e Emirados Arábes Unidos.

Ameaças

A maioria dos entrevistados considerou Israel e Estados Unidos, nesta ordem, como as maiores ameaças a eles.

A pesquisa mostrou, também, que os principais assuntos que os árabes levam em conta para julgar o governo Obama são suas atitudes em relação ao mundo árabe e muçulmano, sua habilidade em lidar com a questão do Iraque e com o processo de paz entre árabes e israelenses.

A enquete também mostrou que 45% dos entrevistados tinham uma visão “positiva ou muito positiva” do presidente americano, enquanto que 24% tinha uma visão “negativa ou muito negativa” dele.

A margem de erro na pesquisa foi de 1,6 ponto percentual.

Reconciliação

O presidente Obama fará uma visita no dia 4 de junho ao Egito, onde existe a expectativa de que ele reafirme sua intenção de aproximar os Estados Unidos do mundo islâmico.

Desde que assumiu a Presidência americana, em janeiro, Obama vem repetidamente pedindo mais tolerância e diálogo entre os Estados Unidos e os países muçulmanos.

A relação ficou abalada com o governo do ex-presidente americano George W. Bush e sua política de “guerra ao terror”, vista no mundo islâmico como de perseguição aos seguidores do Islamismo.

As invasões do Afeganistão, em 2001, do Iraque, em 2003, e o alinhamento e apoio irrestrito a Israel fez cair a popularidade americana no mundo árabe.

O governo americano já anunciou que sairá gradativamente do Iraque, enquanto aumentará sua presença militar no Afeganistão.

Obama tenta, também, reavivar o processo de paz entre palestinos e israelenses, e declarou várias vezes que quer ver um Estado palestino independente sendo criado ao lado de Israel.