“Labão me tem enganado, e por dez vezes me mudou o salário; porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal nenhum… assim Deus tomou o gado de vosso pai, e mo deu a mim… Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde Me fizeste um voto; levanta-te agora, sai desta terra, e volta para a terra de tua parentela” Gênesis 31:7,9,13.
Vejam só como é que são as coisas: o velho Jacó que antes conseguia as coisas à base de trapaças e mentiras, acabou enfrentando Labão, um ainda mais velhaco que ele. Esse Labão poderia tranqüilamente ter sido um dos 40 ladrões da estória de Ali Babá, pois sempre agia com segundas intenções e malícia.
Não sabemos como era o relacionamento social e familiar entre eles, se costumavam fazer refeições e banquetes juntos, se freqüentavam um a casa do outro, mas uma coisa é certa: Jacó sabia que Labão estava sempre tentando enganá-lo.
Mas o interessante disso tudo é que podemos ver o Senhor agindo no meio de tudo isso.
Em primeiro lugar, vemos Labão agindo de má fé com Jacó. Ele usou e abusou do rapaz e o roubou na “cara dura”. Como Deus pôde permitir isso ao Seu servo? Creio que, de uma certa forma, Deus usou Labão para dar uma bela lição a Jacó. Deus mostrou que não quer as coisas através de mentiras e trapaças. É como Jesus ensinou no Sermão do Monte – “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas” (Mateus 7:12). Quer dizer, tem que ser do jeito de Deus.
Em segundo lugar, vemos Deus sendo Justo e Fiel às Suas promessas e alianças feitas, não somente a Jacó, como também a Abraão e Isaque. Por isso, vemos que o Senhor não permitiu que Labão prejudicasse Jacó, pois, mesmo sendo roubado pelo sogro, Jacó prosperou abundantemente. Deus, literalmente, cuidou dos negócios e da família de Jacó e o fez prosperar. Esse é o jeito de Deus.
Agora pergunto a nós mesmos: Temos deixado Deus fazer as coisas do jeito dEle ou temos tentado fazer à nossa maneira, e, o que é pior, com trapaças e mentiras?
