A crise econômica mundial, além do bolso, já alterou o comportamento de pessoas que costumam fazer doações ou trabalhos voluntários para entidades não-governamentais ou filantrópicas.
A informação é da Harris Interactive, que, entre os meses de dezembro de 2008 e janeiro deste ano, entrevistou 2.049 pessoas envolvidas em ações de caridade e apurou que cerca de 31% delas diminuíram o valor que costumava doar, por conta da crise.
Além disso, o estudo verificou que 24% das pessoas diminuíram o número de organizações que tinham por hábito ajudar, 7% estão prestando menos serviços e 6% suspenderam as doações, sendo que os entrevistados poderiam escolher mais de uma alternativa.
Outro dado interessante é que as pessoas envolvidas com organizações voltadas à área de saúde tendem a diminuir mais os valores das doações do que a média dos doadores, com 34% contra 31%. O mesmo acontece com a diminuição do número de entidades ajudadas: 29% contra 24%.
Surpresa
Ainda segundo a Harris, não causa surpresa o fato de as pessoas diminuírem a participação em atividades de caridade, incluindo não só o trabalho voluntário, mas também valores doados, em tempos de crise.
Por outro lado, a organização se surpreendeu com o fato de que 45% das pessoas não alteraram seu comportamento neste sentido, mesmo com o cenário atual, sendo que 4% estão ajudando mais instituições, 5% estão doando quantias maiores e 9%, trabalhando mais.
No geral, grande parte das pessoas que costumam doar dinheiro ou se envolver em atividades voluntárias (60%) prefere, se possível, especificar de que forma será sua contribuição ou para que finalidade o dinheiro que está dando será usado. Já outros 25% preferem deixar as organizações livres.