Somos convidados a salmodiar

“Salmodiai ao SENHOR, vós que sois Seus santos… falando entre vós com salmos… louvando a Deus, com salmos…” Salmos 30:4; Efésios 5:19; Colossenses 3:16

Aqueles que estão cheios do Espírito Santo são convidados a salmodiar, falando uns aos outros, conversando entre si, louvando (cantando e tocando). A plenitude do Espírito nos leva a querer falar uns aos outros de coisas espirituais, das grandezas de Deus e das maravilhas que Ele tem feito. Por isso, nossos corações se alegram e se motivam a louvar ao Senhor com Salmos, hinos e cânticos espirituais. Por hora, pensaremos nos salmos:

O título do livro de Salmos, em hebraico, é tehillïm, “cântico de louvor” ou “louvores”. Tanto podia ser cantado como recitado. No grego, a palavra usada por Paulo em Efésios e Colossenses é psalmos, usada originalmente para indicar canto com acompanhamento instrumental. No latim, psalmu, poema religioso para ser acompanhado por instrumentos.

Os instrumentos musicais e os Salmos: Eram instrumentos de corda, principalmente a harpa e o saltério; instrumentos de sopro: a flauta, a gaita, a corneta e a trombeta; e instrumentos de percussão: o pandeiro e os címbalos. Davi tinha uma orquestra de 4000 instrumentistas (I Cr.23:5).

A importância dos Salmos para judeus e cristãos: Encontramos nos Salmos os ideais da comunhão entre Deus e o crente, a tristeza pelo pecado e a busca pela perfeição, o querer andar na luz, na fé e na Palavra de Deus. Os atributos de Deus e a humildade e o temor que devemos ter perante esse Deus. Os Salmos nos apresentam o amor de Deus e a Sua redenção através do Messias para com Israel e para com os gentios. Não se pode esquecer, porém, que os salmos são poemas para serem recitados e cantados em louvor ao nosso Deus.

De acordo com H.H. Halley, em seu manual, ele descreve assim o Livro dos Salmos: “O Saltério, ou Livro dos Salmos são: Cânticos de confiança e segurança; hinos de devoção; `Livro dos Louvores´, 150 poemas musicados para o culto; o hinário e o Livro de oração de Israel; para uso na vida particular e no culto público; o Livro mais amado do Antigo Testamento; o produto mais glorioso da Idade Áurea de Israel e, de 283 citações do A.T. no Novo, 116 são dos Salmos, incluindo citações do nosso Senhor Jesus Cristo e dos apóstolos.”

Jesus Cristo e os Salmos: Este era o Livro de oração que o Senhor certamente usava nos cultos na Sinagoga, e Seu hinário nas festividades religiosas do Templo. Ele o empregava em Sua instrução, enfrentava a tentação com o mesmo, cantou o Halel do Saltério por ocasião da última ceia, citou-o estando na cruz, e morreu com suas palavras nos lábios.

A Igreja e os Salmos: Desde os tempos da Igreja primitiva, o Saltério tem sido tanto o hinário, quanto o livro de orações da Igreja Cristã. O Saltério serviu de inspiração aos apóstolos em período de perseguição (Atos 4:25; 13:33), era usado para confirmar suas mais profundas crenças a respeito do SENHOR JESUS CRISTO (Hb.1:6, 10-13; 2:6-8; 10:5-7). Apesar dos Salmos terem sido originados na congregação judaica, estando intimamente relacionados ao Antigo Testamento, visto que estão tão presentes nos evangelhos e nas mensagens apostólicas, a Igreja Cristã os reivindica e os emprega em sua aproximação de Deus, pois estes, inspiram a Igreja a confiar, seguir, servir, amar, obedecer, e louvar a esse Deus tremendo.

É inegável a importância dos Salmos na vida dos cristãos, por isso, não é de se admirar que o crente cheio do Espírito, não somente deve, como, também, quer falar e louvar ao Senhor através dos Salmos. MAS, lembrando sempre que: “Deus procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade”, quer dizer, algo espiritual e verdadeiro, uma adoração pela qual expresso um louvor coerente com minha própria vida, e não somente com minha boca. Se realmente queremos ser verdadeiros adoradores, precisamos dar ouvidos ao convite feito pelo apóstolo e pelo salmista:

“Salmodiai ao SENHOR… Falando entre vós com salmos… louvando a Deus com Salmos”. Sim, somos convidados a salmodiar!