“O justo serve de guia para o seu companheiro, mas o caminho dos perversos os faz errar” Provérbios 12:26.
Quando temos um amigo, nenhum caminho é longo demais porque ele nos acompanha. Sua paciência, desprendimento e compreensão que excede nossa razão, nos aliviam e nos fazem sentirmos amados, queridos. Ele nos dá espaço e nos oferece sua razão e forma de pensar, não algemas ou prisão e ajuda-nos mesmo sendo contra o que decidimos. Conhecer alguém que pensa e sente como nós, embora às vezes distante fisicamente, mas perto em espírito, é o que faz da terra um grande jardim habitado. Suas verdades aliviam mais do que nos magoam e eles sempre estarão acima de qualquer falsidade, como o óleo sobre a água. Particularmente, agrado-me da franqueza daqueles que me têm como amigo porque, como puxo orelhas, as minhas também são puxadas quando preciso. Isso é amizade honesta e verdadeira. Às vezes ficamos chateados por falarem o que não queremos ouvir, mas graças a Deus que eles existem, e o melhor, falam, pois a constante repetição e insistência em nos corrigir, transformam uma mentira numa verdade, portanto, a amizade é um relacionamento humano que envolve conhecimento mútuo que leva a uma estima e afeição. Amigos sentem-se bem na companhia um do outro. Geralmente, a amizade leva a um sentimento de lealdade entre as pessoas ao ponto de colocarem os interesses do outro à frente de seu próprio interesse; é a aceitação de cada um como realmente ele é. E assim, amigos tornam-se pessoas muito importantes nas nossas vidas porque com eles desabafamos e compartilhamos momentos bons e ruins. Creio que a amizade tem como origem o instinto de sobrevivência, uma necessidade de proteger e ser protegido. Nesse contexto, as verdadeiras amizades tudo suportam, tudo esperam, tudo crêem e tudo perdoam pelo simples fato de existir, entre os amigos, o verdadeiro amor. Encerro com um pequeno texto realçando esse sentimento tão nobre que é a amizade para mim.
Dois amigos, que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença que tiveram. Mas agora tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de silêncio. Numa manhã, um dos amigos ouviu baterem em sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão. Estou procurando trabalho, disse ele. Talvez você tenha algum serviço para mim. Sim, respondeu o dono da casa. Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu ex-amigo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. E você também vê aquela pilha de madeira ali? Pois bem, use-a para construir uma cerca bem alta, enorme. Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão o serrote, a pá e os pregos. O homem entregou então o material e fechou a porta deixando o carpinteiro que trabalhou o dia inteiro. À noite, quando o homem abriu a porta, não acreditou no que viu: em vez da cerca, uma ponte foi construída ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro encolerizado falou: Você construiu essa ponte depois de tudo o que lhe contei? E ao olhar novamente para a simples construção viu o amigo aproximar-se de braços abertos. Por um instante, permaneceu imóvel do seu lado, mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte. O carpinteiro que fez o trabalho preparou-se para ir embora quando um deles disse: Espere, fique conosco! Docemente, o carpinteiro respondeu: Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir… O carpinteiro era Jesus e você pode ser um daqueles amigos. Se tem algo o separando de alguém agora, abaixe a cabeça e ore por vocês. Peça para que o Senhor Jesus reconstrua essa ponte novamente.