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Amigos, o liberalismo e o legalismo são como os Irmãos Metralha: mudam os números, mas o banditismo é o mesmo. É apenas o reverso da moeda. Também cobra seu preço e escraviza. Mas ele o faz de maneira imperceptível. A pessoa que entra na dele acha que está fazendo um grande negócio. É um bandido do ramo do estelionato. Evita o uso da violência, vai cozinhando em fogo brando. Quando se vê, levou tudo o que temos.
Se o legalista prega que nada pode, o liberalismo prega que tudo pode. Já vou me adiantando. O liberalismo abusa da graça de Deus. Usa a graça como uma desculpa para viver do jeito que bem entende. Usa a graça contra Deus. Joga em Seu rosto de amor a podridão do pecado como um filho mal-educado exige do pai a chave do carro “por direito”. Não dá.
Vida sem limite, sem certo ou errado, sem preto no branco, é vida de escravidão. É evidente que existem algumas áreas na vida em que se pode ter mais de uma opção, em que se pode pensar de modo diferente. Mas de novo, como dissemos a respeito da falsa doutrina: pensar diferente é uma coisa. Pensar errado é outra coisa. Não importa o que diga o pensamento pós-moderno, ainda existem coisas que são de Deus e coisas que não são. Ainda existem os que servem a Deus e os que não servem e deve haver uma diferença bem clara entre eles.
Não importa se tem pais que permitem, se tem igrejas que aceitam, se tem pastores que fazem vistas grossas. Não interessa se é socialmente aceito ou politicamente correto. Eu quero declarar aqui que continuo acreditando que se Deus afirma que alguma coisa é pecado, vai continuar sendo enquanto existir mundo. A graça de Deus é uma realidade maravilhosa, que restaura, resgata, dá uma nova chance a quem transgride a vontade de Deus, mas nunca poderá ser uma justificativa para aqueles que querem livrar-se da culpa que o pecado traz. Estou fora dessa onda de “tudo pode, quando há amor”, “não tem problema, se você pretende casar”, “é por uma boa causa”. Já vivi o suficiente para aprender que quando a gente esquece do que Deus diz, nunca dá certo.
Fico à vontade para dizer isso, porque busco no meu ministério o equilíbrio. Não proíbo nada do que Deus permite, mas também não serei louco de permitir aquilo que Deus proíbe. Porque Ele é Deus, não eu. Ele é quem manda e quem estabelece as regras. Eu só obedeço. E ainda assim quando me deixo sustentar por Sua graça, porque se depender de mim, nem isso consigo fazer. Quem faz o que quer vira escravo de seus próprios desejos. Não vai ser livre de jeito nenhum. Alguém disse que o prazer do pecado é igual ao prazer de chupar balas. Quando acaba, não deixa nada, a não ser a vontade de começar de novo. Isso nos lança em uma espiral da qual não conseguimos mais sair.
Tem muita gente sem noção por aí que quer ser livre, que reclama dos abusos de autoridade (que existem), da ignorância de muito líderes (que existe), do legalismo (que existe), mas que na verdade está querendo mesmo é ser livre para fazer o que bem entende. Aí, cria-se uma tensão: os líderes ruins seguram as coisas como estão por causa dos bad-boys e spice-girls do pedaço. Estes, por sua vez, se entrincheiram para jogar lama naqueles. E como em casa de louco, onde todo mundo grita e ninguém tem razão, os dois lados estão errados. Porque ambos estão fora do padrão de Deus, lutando para prevalecer seus instintos egoístas e sua conveniência pessoal.
Saia fora de quem brinca com fogo. Se eu Caio, que Deus tenha misericórdia de mim e me levante. Mas se eu Caio e quero continuar rolando, aí estou fora. Porque se eu Caio, preciso da graça, mas nunca para negar o que sei e dar vazão àqueles que estavam no limiar do “liberou geral”. O verdadeiro caminho da graça liberta. Não me escraviza ao presente, ao passado, a homem ou mulher, a personalidades ou celebridades, nem a um estilo de vida que mais parece o de pagãos.
Não entre na onda do farsante do liberalismo.
Cadeia neles!