Quatro décadas depois do mais conhecido dos Beatles ter dito que banda era mais famosa que Jesus Cristo, reportagem do jornal oficial do Vaticano diz que atitude foi ‘mera bravata’.
A Igreja Católica anunciou nesta sexta-feira, em seu jornal oficial, L’Osservatore Romano, o perdão oficial a John Lennon por ter declarado, nos anos 1960, que os Beatles eram mais famosos que Jesus Cristo. A informação veio em uma reportagem para marcar os 40 anos do lançamento, pela mítica banda britânica, do seu Álbum branco. Na época, a declaração de Lennon provocou a fúria de cristãos no mundo todo, mas agora a Santa Sé considera que tudo não passou de bravata de “um jovem proletário inglês deslumbrado com o sucesso”. O jornal lembra que o artista cresceu sob o mito de Elvis Presley, que galvanizou as multidões ao redor do mundo. Como Presley, na época, já estava em seu ocaso, o beatle teria tentado consolidar seu lugar ao sol com a provocação à Igreja.
O artigo reavalia a importância do LP histórico e recorda um pouco do seu processo de criação. “O disco nasceu quando o Fab Four estava em crise como grupo”, diz a publicação. Três anos depois de seu lançamento, o quarteto de Liverpool se dissolveu. Lennon seguiu numa bem sucedida e polêmica carreira-solo, ao lado da mulher, Yoko Ono – relacionamento que até hoje é apontado como um dos motivos do fim dos Beatles. O artista acabou assassinado por um fanático em Nova Iorque, em 1980.