O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente.
Sabemos que todos temos ciência. A ciência incha, mas o amor edifica. E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber.
(Salmo 19:9; 1 Coríntios 8:1-2)
A palavra “verdade”, como usada na Bíblia, emeth no hebraico, não se refere primariamente a uma proposição objetiva, externa, impessoal, como é em nossa língua. Ao invés disso, ela se refere a 1) estabilidade e confiabilidade; ou a 2) lealdade e fidelidade, pois o “único e verdadeiro Deus” é totalmente confiável, ao contrário dos falsos deuses; a 3) retidão e integridade, resultantes da justiça; e também a 4) “verdade oposta à falsidade” (‘falso’ significa algo indigno de confiança). Em resumo, “verdade” é a forma como você vive! Essas distinções são vitais.
Se usarmos a palavra “verdade” no sentido moderno, científico, de um conhecimento exato, ou seja, gnosis em grego, estaremos arrancando o conceito bíblico de uma perspectiva moral, ética, pessoal e relacional que esse termo possui. E em tal perspectiva está a essência da verdade bíblica, que não tem por objetivo nos dar informações acerca do mundo, mas de nos guiar na justiça e de estabelecer a base firme para uma vida de fidelidade a Deus. Moisés escreveu a Lei, não para que as pessoas pudessem “conhecer” o que ela continha, mas para que vivessem por ela (Deuteronômio 4:1) da mesma forma, a Escritura “é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2 Timóteo 3:16-17).