O BANQUEIRO E O FAZENDEIRO

Mas a nossa cidade está nos céus (Filipenses 3:20).

Pouco antes da deflagração da Segunda Guerra Mundial, o ditador italiano Mussolini publicou um decreto que proibia os italianos de emigrarem para os Estados Unidos.

Nesse tempo, dois italianos de nascimento, mas que moravam nos EUA, estavam na Itália para uma visita. O primeiro era um bem conceituado banqueiro que falava o inglês fluentemente e podia se orgulhar de ter relacionamento com pessoas influentes tanto na vida profissional quanto na pessoal. O outro se tornou um fazendeiro, falava inglês com dificuldade, e a cultura norte-americana ainda era estranha para ele.

Após o decreto de Mussolini ambos fizeram todos os esforços para retornarem o mais rápido possível aos EUA, mas a permissão foi concedida somente a um deles: surpreendente e ironicamente ao fazendeiro. Ele havia se naturalizado norte-americano e, portanto, o decreto do ditador não podia afetá-lo. O banqueiro optou por continuar com sua nacionalidade italiana e teve de permanecer na Itália. Seus protestos, riqueza, relacionamentos, conhecimento da língua inglesa não serviram para nada.

E assim também é com o que se refere à cidadania do “reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 1:11). Podemos viver uma vida correta e irrepreensível, manter comunhão com cristãos, dominar o vocabulário bíblico, ter muitos “tesouros” em boas obras. Mas nada disso é passaporte para o céu.

Nós nos tornamos cidadãos dos céus apenas pelo novo nascimento, ou seja, quando cremos no Senhor Jesus e na obra que ele realizou na cruz do Calvário. Quando abdicamos de nossa “cidadania” deste mundo e nos rendemos ao seu senhorio. Então decreto algum, seja da morte, do pecado ou do diabo tem qualquer efeito sobre nós.