Acho que nunca fiquei tanto tempo sem escrever aqui. Já estamos quase no final de fevereiro e meu último post é ainda do final de 2006.
O fato de você estar lendo este texto não significa que você vai encontrar aqui muita coisa para refletir. Na verdade comecei a escrever e ainda não pensei no tema. O objetivo era só dar movimento ao “blog do editor” de irmaos.com.
Sobre o que falar? Bom, vejamos…
Passei o feriadão de carnaval em casa com o objetivo de descansar e fazer companhia à minha espsoa que precisou trabalhar nesses dias de “festa da carne”. Quando ficamos em casa sem um plano de ação (ou não) muito definido, corremos o sério risco de ligarmos a TV e vermos o que as emissoras estão exibindo nessa época. Fazia muito tempo que eu não ficava em casa nos dias do carnaval. Sempre participei de acampamentos e/ou viajei para a praia. A primeira opção recomendo, mas a segunda não é a melhor maneira de ter um feriadão tranqüilo. Bem, dessa vez não foi possível sair de casa, então acabei me esbarrando na programação da TV aberta.
Existe um certo padrão a ser reconhecido na TV brasileira: alguns canais são assumidamente escrachados e fazem uma programação assumidamente digna de seu rótulo. Não é de se estranhar que uma emissora como a RedeTV! faça a cobertura dos bastidores do carnaval, procurando por famosos nos camarotes e fazendo as já conhecidas perguntas às quais os mais educados insistem em pensar antes de responder: “Qual a sensação de assistir o carnaval no camarote da cerveja tal?” “O coração bate mais forte perto do desfile da sua escola de samba?” “E aí, Fulana, mostra pra gente que você tem samba no pé!” E não sai disso.
Agora, uma coisa que não entendo é como uma emissora cheia de si com a Rede Globo consegue dedicar tanto tempo de sua programação a um evento tão nada a ver como o carnaval. Se eu ligasse a TV à noite, no horário nobre, já estava tudo pronto pra cobertura dos desfiles. Durante os jornais, 90% foi sobre as escolas de samba. E o pior: à tarde tinha o compacto dos desfiles da madrugada! Quem tem paciência de ouvir por tanto tempo aqueles mesmos sambas-enrodo, ver aquelas mulheres dançando todas do mesmo jeito com fantasias que parecem ter saído de um baile de carnaval (ops!) e suportar aquele batuque cansativo que mais parece um ritual indígena?
Não fiquem assustados pois não assisti por muito tempo. Gastei com carnaval nesse feriadão o tempo necessário para encontrar o botão de trocar de canal no controle remoto.
Na verdade, eu não queria falar sobre carnaval…