Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó (Êxodo 3:6).
Não tendes lido o que Deus vos declarou…? (Mateus 22:31).
Essas passagens provam que o terreno sobre o qual nosso Senhor lidou com os escribas, fariseus, e outros líderes judeus era o que eles deveriam saber acerca do que estava revelado nas Escrituras. “Não tendes lido o que Deus vos declarou?”, ele pergunta. Infelizmente, será que a mesma pergunta pode ser feita a nós? Quando tempos de provação ou dificuldades chegam, temos lido e entendido a mensagem de Deus? Temos a luz vinda da Palavra de Deus que irá nos guiar?
Nosso Senhor citou Oséias 6:6: “Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício” (Mateus 9:13; Mateus 12:7). Em ambas as ocasiões ele disse aos fariseus que eles tinham de entender o significado das palavras. Eles tinham a letra da Escritura, mas não compreendiam seu significado ou aplicação. Essa é uma consideração prática e importante para nós, pois ao passo que podemos lutar pelo valor das palavras da Escritura, considerando-as divinamente inspiradas e, portanto, uma fundação divina e inabalável para nossa fé; por outro lado, podemos ter apenas uma familiaridade intelectual com a letra e não entender o coração de Deus ao inspirá-las.
Para ter a verdadeira inteligência nas Escrituras temos de ser “ensinados por Deus” (João 6:45), e instruídos pelo Espírito Santo, que é dado a cada redimido para que possa entender as coisas que lhe são dadas gratuitamente por Deus. Nosso foco tem de ser Cristo, e não o ego. Se alguém deseja fazer a vontade de Deus, então deve conhecer a doutrina de Deus (João 7:17). É essa que deve ser nossa motivação. Portanto, quando há simplicidade e um desejo real de aprender e obedecer, Deus nos dá “o espírito de sabedoria e de revelação” (Efésios 1:17); e as Escrituras se tornam dia a dia mais preciosas e mais claras, desvendando o “mistério de Cristo” para nós (Colossenses 1:27).