A política franco-colombiana Ingrid Betancourt, ex-refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), foi resgatada ontem em uma operação realizada pelo Exército Colombiano, Nesta quinta-feira, 03/07, ela pediu que os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e Equador, Rafael Correa, restabeleçam vínculos com Bogotá em prol de novas libertações unilaterais da guerrilha.
“A primeira coisa que devemos fazer é um pedido ao presidente Chávez e ao presidente Correa para que nos ajudem a restabelecer vínculos de amizade, de fraternidade, de confiança com o presidente Álvaro Uribe. Essa é uma etapa essencial para que possamos vislumbrar novas libertações unilaterais”, afirmou.
Quando foi seqüestrada em fevereiro de 2002, Betancourt era candidata à Presidência da Colômbia.
“Tinha me programado para mais quatro anos na selva. Essa liberdade chegou de repente. Ainda estou anestesiada pelo choque. É difícil refletir por mim mesma”, confessou a ex-refém, libertada junto com outros 14 reféns, dentre esses três norte-americanos e 11 militares e policiais colombianos em uma operação do Exército colombiano.
Quando questionada sobre as condições da detenção, Ingrid afirmou que foi tratada ‘como um cão’, e que lá só havia crueldade e maldade. “Nem sequer era um tratamento para um animal”, afirmou.
“Farc é uma organização que não representa nada na Colômbia, que já não tem nada de respeitável”, afirmou.
Ingrid Betancourt, pensou que em algumas situações a morte era uma solução. “A morte chega muito rápido na selva”, disse.
Questionada sobre seu atual estado de saúde, Ingrid Betancourt respondeu: “Estou em plena forma. Em liberdade não há cansaço algum”.
“Sairei por alguns dias com meus filhos para ficar sozinha com eles e simplesmente me reunir em família na maior felicidade”, concluiu.