Paulinho e Sara 8:) escolheram os 10 melhores filmes de 2006, cada um com sua própria lista. Sara 8:) fez um pouquinho mais do que isso. Confira o que eles recomendam (ou não) e faça a sua própria lista de filmes que deverá (ou não) pegar nas prateleiras das locadoras em 2007.
TOP 10 2006 segundo Paulinho:
10º) V de Vingança
Filme adaptado de histórias em quadrinhos, mas nem um pouco leve ou despretencioso. Destaque para Hugo Weaving que conseguiu transmitir suas emoções sem poder evidenciar o movimento de um músculo sequer do rosto estando por trás de uma máscara durante todo o filme.
9º) Carros
Assim como tem filme que está nesta lista por ser de Woody Allen, este está porque é da Pixar. A princípio fiquei assustado ao pensar num universo povoado por carros, sem ao menos motoristas para guiá-los, mas os caras conseguiram nos cativar com mais uma obra de animação impecável.
8º) Piratas do Caribe – O Baú da Morte
Jack Sparrow (Johnny Depp) é o cara! Arrasou no primeiro filme e, pra nossa sorte, está de volta nesta aventura (e na outra do ano que vem) de encher os olhos. Aqui podemos entrar no mundo da pirataria sem precisar visitar a Rua 25 de Março em São Paulo ou a Uruguaiana no Rio de Janeiro.
7º) 007 Cassino Royale
Não sei bem ao certo se ele está nesta lista por ser um dos últimos filmes que vi este ano e estar fresco na minha memória, mas o fato é que a volta do agente 007 às suas origens foi em grande estilo e não poderia deixar de ser citado aqui simplesmente pela acrofóbica seqüência inicial em Madagascar.
6º) O Matador
Fiquei decepcionado quando vi a capa do DVD deste filme nas locadoras. Além de não parecer nada com o cartaz do filme quando estava no cinema, vende uma idéia bem distorcida da história que é deliciosamente original. Se os estúdios de Hollywood estão passando por uma crise séria de criatividade, “O Matador” está aí pra provar que há esperança.
5º) O Novo Mundo
Por falar em filme diferente… Denso, de poucos diálogos, com muito som ambiente, contemplativo. Este é “O Novo Mundo”. Mas não se engane: são poucas as pessoas que vão gostar. Antes de tudo, precisa saber apreciar arte pra gostar deste filme.
4º) Match Point – Ponto Final
Inteligência. Essa é a marca de Woody Allen e de todos os seus filmes. Há quem não goste de seu estilo de contar histórias, mas é fato que ele as conta como ninguém. Seu filme em 2006 merece estar nesta lista simplesmente porque prova que o gênio ainda não perdeu a mão.
3º) Crash – No limite
O filme na verdade ganhou o Oscar de melhor filme de 2005 mas só foi exibido nos cinemas brasileiros em 2006, por isto ele é ranqueado aqui entre os melhores do ano. Não só por isso, claro, mas por fazer jus ao Oscar e entegar uma história moderna e corajosa sobre o racismo em todos os seus aspectos.
2º) Xeque-Mate
Assisti a este filme e nem tive muita coragem de escrever sobre ele por se tratar de um filme altamente violento. Mas ele é muito intenso e envolvente. A história inteligente, bem amarrada e que esfrega as pistas na sua cara sem deixar você descobrir antes da hora faz ele estar no segundo lugar desta lista.
1º) Munique
Steven Spielberg entrega mais uma obra-prima. Esqueça a figura heróica do espião rodeado de belas mulheres e carrões possantes. Em “Munique”, os conflitos só causam dor e pânico. Para palestinos e para judeus. Assim como na vida.
Menção Honrosa:
Happy Feet – O Pingüim
Não consegui encaixá-lo entre os 10 melhores filmes, mas não posso deixar de citar essa produção inovadora em todos os aspectos. Destaque para a realidade com que representou graficamente o universo dos pingüins.
TOP 10 2006 segundo Sara 8:):
10º) 007 Cassino Royale
O filme tem um roteiro Bond. O Daniel Craig está muito Bond. Os lugares são Bond se ver. Trocadilhos terríveis à parte, eu detestava o 007, mas agora estou ansiosa pela continuação do filme que revitalizou e humanizou o agente da MI16. (Sem contar a música de abertura “You Know my Name”, do Chris Cornell, que deve concorrer ao Oscar e a cena da perseguição à la Le Parkour, que é o máximo do supra sumo!).
9º) Munique
“Munique” não é maniqueísta. Não defende judeus nem palestinos. Pelo contrário: ele suscita o questionamento de até que ponto os conflitos valem a pena em troca da terra, do lar que eles tanto esperam. Esse filme não mostra o mocinho bonito correndo enquanto um carro explode após uma colisão. Tão pouco exibe cenas de trocas de tiros. Mortes? Sim. Mas não é um simples pá!, um cadáver no chão e o mocinho falando algo irônico. As mortes são feitas de maneira densa e nervosa. O filme é interessante. Spielberg precisava se redimir depois de Guerra dos Mundos e fez isso muito bem com “Munique”.
8º) O Grande Truque
Amigos, amigos. Mágicas à parte e aparte. Robert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale) trabalhavam como auxiliares de um mágico e eram companheiros até uma tragédia separá-los. Eles transformam-se em inimigos ferrenhos e vingativos, cujo objetivo principal é arruinar a vida e a carreira do outro. O filme é muito bacana, cheio de reviravoltas temporais. O público fica dividido, pois não existe o mocinho e o bandido. Hugh Jackman prova que nem só de Wolverine ele viverá. Ponto fraco: o final, que estraçalha todo o bom roteiro.
7º) O Plano Perfeito
Nazismo, preconceito, diferença racial, jogo de poder, armações, suborno… Tudo isso faz parte da trama de “O Plano Perfeito”. O filme conta com um elenco de peso: Denzel Washington, Jodie Foster, Christopher Plummer e Clive Owen, que mesmo sob um capuz trabalha muito bem na pele do meticuloso e ardiloso ladrão Dalton Russell. O roteiro é bom e o final é surpreendente.
6º) A Scanner Darkly
O filme ainda não foi exibido nos cinemas do Brasil, mas não podia deixar de citá-lo. Keanu Reeves e os demais atores viram praticamente um desenho animado com a utilização da rotoscopia (o resultado é muito legal!). O filme mostra o futuro nos EUA, onde consumo de drogas é altíssimo. Bob Arctor, um agente de narcóticos tem a tarefa de descobrir quem distribui a substância alucinógena D. Fred é um dos traficantes. O que eles não sabem é que ambos partilham o mesmo corpo. O filme é meio surreal e o fato dele parecer um desenho animado faz com que tudo fique mais louco ainda.
5º) V de Vingança
Em 1605, um revolucionário descontente com o governo decide explodir o parlamento inglês. Ele não obteve sucesso. Séculos depois, suas idéias permanecem vivas na mente de um homem: o codinome V (interpretado magistralmente por Hugo Weaving). V transmite emoção mesmo sob a máscara. “Remember remember the fifth of november.” Sim, eu ainda lembro de toda a emoção que esse filme passou. Quando o povo quer, ele tem força pode mudar, revolucionar e abalar as estruturas (literalmente!). Excetuando-se uma subtrama que eu não concordo, curti muito o filme. Se você ainda não assistiu, coloque na sua listinha.
4º) Missão impossível 3
J.J. Abrams injetou mais adrenalina em MI e o filme é ação do início ao fim. MI-3 foca a vida pessoal do agente Ethan Hunt (Tom Cruise), que decide largar as missões de campo da IMF (Impossible Mission Force) para se casar e levar uma vida “normal”. O terceiro filme da série tem todos os ingredientes clássicos dos filmes de ação: um herói que parece imortal, explosões, perseguições de carro/avião… OK, a trama não é profunda, o roteiro não provoca discussões cabeça, mas como entretenimento o filme é muito bom!
3º) Syriana – A Indústria do Petróleo
Se você curte tramas densas e inteligentes e ainda não assistiu “Syriana”, termine de ler o texto e vá até a locadora mais próxima! Esse não é o típico filme de ação com bombas explodindo, mocinhos correndo… Syriana expõe os esquemas de corrupção da indústria de petróleo, empresas que subornam e fazem negócios ilícitos em busca de lucro a qualquer custo, pessoas sendo usadas como bodes expiatórios, outras que abandonam as famílias em troca de dinheiro. Mostra também a pressão que o governo americano exerce em países do Oriente Médio, afetando sua política e decisões internas. “Syriana” foi feito para as pessoas pensarem e não é um mero entretenimento (acredito que esse foi o motivo do êxodo dos espectadores durante a projeção no cinema). Ah! George Clooney mereceu o Oscar de ator coadjuvante. Aliás, ele recebeu o prêmio nessa categoria porque não existe um ator principal na trama.
2º) Piratas do Caribe – O Baú da Morte
Gostei tanto do filme que fui duas vezes ao cinema para assistir e achei pouco. Claro, tudo para compensar o frenesi e a corrida para comprar um ingresso para a estréia. O elenco está maravilhoso, tem aventura e ação do início ao fim, existe um ar cômico e ainda por cima tem o Johnny Depp roubando todas as cenas e os corações das moçoilas! O filme é tudo de bom e mais um pouco. Agora é controlar a ansiedade e esperar a continuação do maior arrasa-quarteirão dos últimos tempos.
1º) Crash – No Limite
Recebeu três Oscars merecidamente. Sob o ponto de vista de diversas pessoas diferentes, vemos que nem todos são absolutamente bons nem absolutamente maus. Existe uma colisão entre pensamentos, choques culturais e preconceitos. “Crash” é um filme ímpar, com um roteiro excepcional, ótimas atuações e uma edição singular. Pra quem ainda não entendeu a amplitude da coisa, faça-se um favor: assista “Crash”!
Menção Honrosa: a trilha sonora de Click arrasou!
BOTTOM 6 2006 ou TOP ERGH ou TOP -6, segundo Sara 8:):
6º) O Código da Vinci
Foi um dos filme mais aguardados do ano. E uma decepção completa também. O livro (de ficção, pra quem ainda não percebeu), do Dan Brown é ágil e não dá vontade de parar de lê-lo. O filme passa muito longe da dinâmica do livro. A película é insossa, entediante e frustrante. Pontos a favor: as atuações de Paul Bettany e Ian McKeller.
5º) Uma Comédia Nada Romântica
A idéia é pastichar o mote de Todo Mundo em Pânico: copiar outros filmes, misturar tudo e fazer uma paródia humorada. Só que “Uma Comédia Nada Engraçada” seria um título mais apropriado. Apenas algumas cenas se salvam. E existe também uma seqüência pra lá de irritante que envolve uma loira, espuma e hambúrguer. A propósito: quem quase não freqüenta cinema ou locadora ficará “boiando” na maior parte do tempo. Plagiam desde Moonwalker até Doce Novembro (dentre muitos outros filmes).
4º) 16 Quadras
A produção tem cara de filme Sessão da Tarde, com direito a Bruce Willis usando uma pança falsa. Ele interpreta Jack Mosley, um policial branco, acabado, ranzinza, um pouco acima da meia idade, alcoólatra e desgostoso da vida que precisa levar Eddie Bunker (Mos Def), um criminoso negro, com planos de vida e síndrome de Poliana para o tribunal (“16 Quadras” faz referência a esse percurso). O filme contém vários clichês e é muito, muuuuito piegas.
3º) Wolf Creek
Três amigos mochilam sem rumo. Eles se revezam em suas principais atividades: dirigir, dormir e fumar. E o filme fica nisso: eles fumam, dormem e dirigem enquanto vemos cenas de estrada. Mais cena de estrada. O resto do filme? Sangue, faca, gritos desesperados e um final que é a própria definição de anticlímax. Li que levaram seis anos para finalizar o roteiro. Fala sério! Para produzir isso é necessário: influência do cartaz de Jogos Mortais, influência de um comercial de cigarro, um caipira típico e três pessoas que não têm nada melhor pra fazer do que ficar dirigindo no meio do nada.
2º) Irma Vap
A produção brasileira é uma comédia. Uma comédia sem graça. Na verdade, é um grande comercial da peça, com comerciais de N empresas brasileiras que financiaram a bagaça. O filme se arrasta e tenta arrancar risadas mostrando Ney Latorraca e Marco Nanini vestidos de mulher. Não perca seu tempo com “Irma Vap”. A não ser que você esteja com insônia e queira se livrar dela…
1º) Efeito Borboleta 2
Nick Larson estava muito bem com a vida que levava: um bom emprego, oportunidade de ascensão, uma namorada que ele amava. Em um dos aniversários dela, ocorre um acidente que culmina em morte. Um tempo depois, Nick descobre que pode voltar no tempo e alterar suas escolhas. Se eu disser que é uma das piores continuações dos últimos tempos, estarei mentido simplesmente porque essa droga de filme não dá continuidade a nada. “Efeito Borboleta” é um excelente filme e quiseram pegar carona no sucesso pra faturar. O resultado é um filme ridículo, com um roteiro fraquíssimo e um final previsível. Um verdadeiro lixo se comparado ao “Efeito Borboleta” original.
Melhores e piores atores de 2006 e algumas cositas más, segundo Sara 8:):
Melhor ator: Johnny Deep, em Piratas do Caribe – O Baú da Morte
Melhor Atriz: Natalie Portman, em V de Vingança
Melhor Trilha Sonora: Do filme Click
Melhor Super-Herói: Wolverine (Hugh Jackman), em X-men 3
Melhor Ator Coadjuvante: Paul Bettany, em Firewall / Orlando Bloom em Piratas do Caribe
Melhor Música: “You Know my name”, de Chris Cornell em 007 Cassino Royale
Melhor Dupla: Hugh Jackman e Christian Bale em O Grande Truque
Melhor Par Romântico: Sandra Bullock e Keanu Reeves em A Casa do Lago
Melhor “Filme Cabeça”: Syriana
Pior Dupla: Tom Hanks e Audrey Tautou em O Código Da Vinci
Maior Galhada: James Marsden, em X-men 3 (Scott) e Superman – O Retorno (Richard White)
Arroz de Festa: Scarlett Johansson