O Grande Truque

No século XIX, Robert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale) são amigos e auxiliares de um mágico profissional. Em uma das apresentações, a esposa de Angier morre. A partir daí, os dois tornam-se antagonistas ferrenhos, pois Angier acredita que Borden foi o responsável pela morte de sua mulher. Cada um começa a trabalhar por conta própria. Em suas apresentações, Borden faz truques perigosos que outros mágicos não se arriscam a realizar. Ele também cria novos números de magia. Robert não é tão inventivo, mas sua presença de palco supera a performance de Borden, pois ele cativa o público.

Suas carreiras tomam vulto. Angier fica conhecido como “O Grande Danton” e Borden passa a apresentar-se como “O Professor”. O ódio mútuo também cresce e eles começam a sabotar o espetáculo um do outro para provar quem é o melhor mágico.

Em O Grande Truque (The Prestige, 2006) não existe um mocinho e um bandido. Robert Angier e Alfred Borden são movidos pela obsessão e tornam-se capazes de quaisquer coisas para acabar com a carreira de outrem. A cada ato, um parece mais implacável que o outro. A trama é intrincada e cheia de reviravoltas, além de não ser apresentada de forma linear (o diretor Christopher Nolan usou a mesma fórmula em “Amnésia”). O problema é que na ânsia de surpreender o público a cada virada, o filme termina completamente inverossímil.

Curiosidades:

– O inventor Nikola Tesla (David Bowie) existiu na vida real.

– Alley, que no filme aparece como ajudante de Tesla foi interpretado

por Andy Serkis, o Gollum de O Senhor dos Anéis.

Para quem já assistiu o filme (selecione para ler):

– Nem vou comentar aquele final mirabolante que destruiu toda a estrutura do filme…

– Quando Angier vai procurar Tesla, está nevando e o vento carrega alguns floquinhos de neve, que deixam o local esbranquiçado. Quando eles sentam na varanda para comer, parece que o tempo está ensolarado.

– Em um dos espetáculos de Borden, um homem anuncia que o show daquela noite foi suspenso. Quando Angier sai do prédio era dia.

– Semelhantes tudo bem, mas e “aquilo” acima do nariz?

– Barba é o que há em matéria de disfarce, não?