Atenção: Se você tem claustrofobia, passe longe desse filme! Se não tem, assista com um cilindro de oxigênio ao lado. O espectador passa pelas aflições das personagens. A princípio não se sabe de todos os perigos do local. O filme quase todo é ambientado na escuridão. O diretor (Neil Mashall) optou por filmar com as luzes produzidas por sinalizadores e lanternas. Percebemos a movimentação do grupo, mas não é possível distinguir claramente o que se passa.
Retornando de um passeio de rafting, Sarah (Shauna Macdonald) perde o marido e a filha em um acidente de carro um tanto quanto gore. Um ano depois, ela encontra quatro amigas e uma aventureira para explorarem uma caverna. Após passarem uma noite em uma cabana isolada no meio da floresta, elas partem para a expedição.
Depois de descerem usando cordas e observarem algo na parede que deveria soar como uma aviso, as seis começam a explorar os túneis da caverna. Um acidente provoca um deslizamento de terra e fecha a saída. Até então, o problema era passível de ser contornado. Haviam outras duas saídas. Isso é, se elas estivessem na caverna onde elas achavam que estariam. Juno (Natalie Mendoza), a guia, escolheu uma gruta inexplorada e não contou para as amigas que nunca ninguém esteve lá antes delas. A partir daí, elas começam a buscar uma rota de fuga no meio dos túneis apertados e abismos.
Não bastasse o fato de estarem presas num local claustrofóbico, inexplorado e sem comunicação, elas começam a ser perseguidas por seres estranhos e ferozes que habitam o interior da caverna. A necessidade de achar um escape é pungente. Afinal, o perigo agora não é apenas (?) o de morrer de fome ou frio, e sim o de morrer atacada por uma criatura que elas sequer ouviram falar.
O filme é tenso e não existem piadinhas ou cenas de ação para quebrar o clima. A intenção é assustar e ponto final. Sem contar um elemento surpresa (outro? sim!) no final do filme.
Curiosidade: Li em um site que existem dois finais diferentes para “Abismo do Medo”. Um exibido na Inglaterra e outro para ser exibido nos EUA. O final inglês é mais longo e foi editado por ter sido considerado “pesado demais” para o público americano.
Para quem já assistiu o filme: (Passe o mouse em cima ou selecione a página toda com um CTRL + a tecla A).
Ô tradução infeliz pro título… Tudo bem que haviam abismos, mas deveriam chamar de “A caverna do medo”, e não o abismo do medo. Afinal, o abismo foi apenas mais um elemento dentro da caverna.
Fala sério, né? Sair de casa pra ir pro meio de uma caverna e ficar me esgueirando entre locais apertados e escuros? Sai fora! Vai ser aventureiro assim lá longe! Povinho doido… Dando uma de Júlio Verne. Eu, hein?
O lance das tais criaturas ficou muito mal explicado. Será que vão produzir uma continuação do filme? De onde elas vieram? Parecem até os seres da epopéia tolkienia: os orcs! Aliás, haviam orcs diferentes. Já as criaturas pareciam ter todos a mesma cara. Será que eles são do grupo que esqueceu o gancho lá no precipício? Se assim for, como eles “involuíram” até chegar àquela forma? Viajando na maionese: será que a Sarah vai viver com eles? Ou achar uma saída e voltar com exploradores até lá?