“Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?” I Corintios 4:7.
A igreja de Corinto era muito especial. Era uma igreja onde havia muitos dons. Não lhes faltava nenhum, era uma igreja completa. Havia maestros, mestres, pregadores, evangelistas e todo tipo de manifestações do Espírito. Poderia ter sido a igreja ideal, mas lhes sobrava algo. Eram muito carnais e queriam aparecer.
Comportavam-se como crianças caprichosas e mal educadas. Uma igreja que tinha tudo para ser excelente, terminou sendo medíocre pela incapacidade de seus membros. Cada um buscava ter o dom mais chamativo e aplaudido. Não o faziam para que Deus fosse glorificado, senão para que todos os reconhecessem e os invejassem.
Seu único objetivo era sobressair e aparecer, para que todos aplaudissem seu sucesso e fossem respeitados. Por isso Paulo, cansado de tanta bobeira, os recorda que se estes homens tinham algum dom, não era por capacidade própria. Era um presente de Deus.
Nada do que tinham ou mostravam era por virtude própria, todo dom espiritual vem de Deus. É um presente dEle para que o administremos. Isto era algo que os coríntios não entendiam. E pensavam que o melhor cristão era o que tinha a função mais aplaudida.
Passaram os anos, e ainda há muitos que pensam o mesmo. Que fazem as coisas para que os vejam. Buscam aplauso e admiração. Encontram na igreja um lugar onde exercer certo poder. Buscam ter um cargo para sentirem-se orgulhosos e sobressair.
E se esquecem que na realidade todo dom espiritual tem como finalidade o crescimento e o desenvolvimento da igreja. Que cada serviço a Deus não se faz para o aplauso das pessoas, senão porque Deus merece um serviço excelente. Que Deus nos deu elementos e dons para sermos melhores cristãos, para trabalharmos para Ele de uma maneira melhor.
É lindo que reconheçam o nosso trabalho, que nos felicitem quando fazem algo bem, mas não devemos fazer as coisas na igreja pensando nisso. Deus não se esquece. Ele é fiel e tem memória. Sempre recompensa, nunca “passa batido” o esforço e o trabalho de cada um de seus filhos. E sempre é generoso.
Não é necessário que faça bandeira do seu sucesso. Deus o destaca sempre.
REFLEXÃO: Deus o destaca do silêncio.
Notas:
Traduzido por Thaíse Dias Lima
por Daniel Perez Cliffe