Da Série: A gloriosa glória de Deus
Então disse Deus: “Não se aproxime. Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa”. Disse ainda: “Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó”. Então Moisés cobriu o rosto, pois teve medo de olhar para Deus. Êxodo 3:5-6
Moisés estava cuidando da sua vida. Literalmente. Por quarenta anos aprendeu o ofício de administrar o patrimônio de outra pessoa e teve sucesso. Aos oitenta anos presencia uma cena milagrosa: uma chama de fogo lambia um arbusto sem transformá-lo em cinzas. Moisés é testemunha da criação de um novo elemento: fogo que queima, mas não consome.
Se a chama de fogo simbolizava a presença de Deus, será que Moisés deveria ver na sarça um símbolo de si mesmo? Para o homem bíblico, o milagre da revelação não foi só o fato de que Deus falou, mas também o fato do homem ser capaz de ouvi-lo e de não ser destruído por estar em sua presença – afinal, a palavra do Senhor é fogo e o Senhor é ‘um fogo que consome fogo’.
Salvar é apenas uma das coisas que Deus faz. Deus quer se revelar. Ao mesmo tempo que Deus diz: desci para livrá-los das mãos dos egípcios e tirá-los daqui… (v.8) também diz para Moisés: eu o envio ao faraó para tirar… (v.10). Moisés estava prestes a se tornar uma sarça ambulante, em que a glória de Deus se faria conhecida, sem destruir seu indigno portador. A glória é a presença, não a essência de Deus.