A polícia israelense não tem pistas do ataque promovido à Igreja Batista de Jerusalém na última terça-feira, dia 23. Este foi o segundo maior ataque no edifício em mais de duas décadas. Suspeita-se que extremistas judeus tenham ateado fogo à igreja, que recebe recursos de igrejas norte-americanas. O caso elevou a preocupação com a tensão crescente entre judeus ortodoxos e a minoria cristã.
“Eu suspeito que os extremistas tenham feito isto… todos nós precisamos ser mais tolerantes e aceitarmos as diferenças que nós temos na sociedade”, disse o pastor Charles Kopp a repórteres. O fogo destruiu cadeiras e outros móveis.
O oficial de polícia Ben Ruby disse que Bíblias também foram queimadas, mas o porta-voz da igreja Joseph Broom negou. Ele disse que desta vez as Bíblias foram poupadas.
A Igreja Batista de Jerusalém foi reconstruída depois que extremistas judeus ortodoxos a queimaram completamente, em 1982. Além deste ataque, uma bomba incendiária danificou a livraria da igreja, alguns anos atrás. Mas os danos foram menores.
O ataque de terça- feira é atribuído a judeus ortodoxos porque eles se opõem radicalmente à conversão de judeus ao cristianismo e à presença de missionários americanos evangélicos. Alguns exigem que os cristãos evangélicos não sejam permitidos em Jerusalém.
A igreja pertencia antigamente à comunidade batista, mas hoje é compartilhada por várias congregações, incluindo trabalhadores estrangeiros, refugiados sudaneses que vieram para o Israel pelo Egito, e duas congregações messiânicas que acreditam que Jesus Cristo é mesmo o Messias judeu previsto na Bíblia.
“Os esforços dos incendiários para prejudicar as relações entre comunidades na cidade não terão sucesso e serão preservadas”, disse o prefeito de Jerusalém, Uri Lupolianski.
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