Percy Jackson e o Mar de Monstros

O filme Percy Jackson e o Mar de Monstros é apenas razoável, mas deve agradar os leitores de Rick Riordan nesta segunda adaptação dos livros Percy Jackson, interpretado por Logan Leman do excelente “As Vantagens de Ser Invisível”. O filme tem problemas de ritmo, e carece de maior emoção. O 3D não é necessário, pois não acrescenta muita coisa aos efeitos especiais. Ver um filme como este, dá uma saudade enorme de ver os filmes da Saga Harry Potter nos cinemas.

Os objetivos de Rick Riordan com suas histórias envolvendo mitologia era colocar seu filho para dormir. Então, a história é meio sonolenta, um tanto quanto arrastada. Os livros, mostram um Percy Jackson criança, mas nos filmes, vemos um Percy adolescente, para atingir esse público nos cinemas. Mas parece que o tiro saiu pela culatra…

Na história, há um resumo do primeiro filme, e então vemos o acampamento Meio-Sangue e como surgiu a árvore de proteção após a morte de Thalia, filha de Zeus. Após um ataque de um touro, a árvore é enveneada, e ao menos que seja curada, todos os semideuses serão mortos.

O roteiro é composto de uma missão de várias etapas, chegando a ser cansativo em alguns momentos, e o alívio cômico não funciona a contento. No entanto as diversas mensagens passadas ao longo da fita são interessantes e merecem destaque. Primeiro vemos uma jovem que não acredita em si próprio como capaz e sem fé num Deus-Pai (Poseidon) que é poderoso.

Outro tema importante, é a questão do preconceito, evidenciado em Polifemo, irmão ciclope de Percy, que não é tão bem aceito de início e aos poucos vai conquistando a confiança e o respeito de seus pares. A rivalidade é outro tema apresentado no filme, assim como o espírito de equipe. A personagem Clarisse La Rue é lindíssima!

Stanley Tucci participa do longa e nos dá uma impressão de vermos a qualidade de “Jogos Vorazes”, mas não é o que acontece. Em determinado momento seu personagem faz uma referência bíblica da água transformada em vinho… A trilha sonora não é marcante, e os efeitos especiais são simples.

Assim, o filme é altamente recomendável para adolescentes, pois aborda temas inerentes a este público, de maneira simples, mas que deve agradar os menos exigentes. No entanto o filme deveria ter aprendido a lição do primeiro filme, e fazer um filme mais divertido e empolgante. Thor Freudenthal seguiu a mesma cartilha de Chris Columbus em “Ladrão de Raios”.

A bilheteria do primeiro filme não foi muito boa, então para este filme, o estúdio decidiu economizar e não renovou com os atores mais badalados do primeiro, assim atores como Pierce Brosnan, Sean Bean e Rosario Dawson foram cortados, ficando predominante o elenco jovem. Com o fraco desempenho de “Mar de Monstros”, é provável que não vejamos os demais livros adaptados para telona.