“Quem ouve esses meus ensinamentos e não vive de acordo com eles é como um homem sem juízo que construiu a sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Ela caiu e ficou totalmente destruída.”[1]
- Porém, uma criança que estava entre a multidão, em sua imensa inocência, achou aquilo tudo muito estranho e gritou:
– Coitado!!! Ele está completamente nu!! O rei está nu!!
O povo, então, enchendo-se de coragem, começou a gritar:
– Ele está nu! Ele está nu! …
Mas nunca mais se deixou levar pela vaidade e perdeu para sempre a mania de trocar de roupas a todo momento.[2]
A fábula da “Nova Roupa do Rei” traz consigo uma lição moral importantíssima. Levar-se pela vaidade a todo custo e para todo o propósito não tem conseqüências agradáveis. Nos últimos meses, nosso Presidente tem experimentado exatamente a sensação que o rei teve ao saber que estava nu. Para se tornar Presidente da República Federativa do Brasil, o partido vitorioso teve que fazer inúmeras alianças. Afinal, o planalto era o céu, o limite. E pra chegar ao limite vale tudo, até fazer treta com o capeta.
Um a um, a história tem revelado que as ligações perigosas estabelecidas pelo partido para eleger o presidente eram escusas e traiçoeiras. O Ministro Chefe da casa civil, braço direito do Presidente caiu após espernear um pouco inutilmente. Outros membros do esquema tiveram seus nomes estampados nas primeiras páginas dos jornais nacionais. Até mesmo o mais blindado dos Ministros de Estado, o da Fazenda sucumbiu diante da declaração de um simples caseiro que disse que contaria a verdade até o fim.
Triste situação para um governante aclamado sob o slogan “a esperança venceu o medo”. Que esperança frustrada! Quem venceu o medo? Os militares? Os artistas? O mercado internacional? O FMI? Os brasileiros? Hoje diante da imagem da queda do calcanhar da sua política econômica, o Presidente da República perde sua última blindagem ética e cai no ostracismo[3] popular. O rei está nu.
Soubesse o Presidente, os dirigentes políticos, os empresários, os sindicalistas, os pastores, padres, rabinos e líderes o que a Bíblia diz a respeito de fundamentos, as instituições pos esses representadas não seriam tão susceptíveis à humilhante derrocada. Segundo o Santo Conselho do Senhor, feliz é o homem que constrói sua casa sobre a Rocha. Esta Rocha descrita pelo próprio Jesus, está intimamente ligada à obediência sincera aos preceitos da Palavra de Deus. A história prova que quando tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama é prostituído com valores seculares, o resultado não pode ser direito, mas o fim dele são os caminhos da morte[4].
Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina[5]. Construir nossa vida sobre a Rocha da Palavra de Deus começa ao entregar o coração nas mãos do Senhor. Esta retórica, tida as vezes como piegas menciona, sem rodeios sofisticados ou alusões metafísicas, mas de forma concreta qual é a Vontade de Deus – que nos submetamos a Ele como Senhor em nossas vidas, obedecendo-o através de um viver sincero, guiado pela Fé em Jesus e sustentado pelo Poder do Espírito Santo.
Notas:
[1] Mateus 7:26-27 [2] Trechos do conto “A Nova Roupa do Rei”. [3] Segundo o Aurélio, ostracismo: Exclusão, proscrição, banimento; exílio. Repúdio, repulsa [4] Provérbios 14:12 [5] Provérbios 21:1