AGINDO COMO BARAQUE

“Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor… e Débora,
mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo”

(Juízes 4:3-4)

Perceba que o domínio inimigo se impôs porque o povo se afastou
de Deus após a morte de Eúde (v. 1). Então
a questão surgiu: Quem será o juiz que nos livrará? Quem será aquele que
libertará o povo de Deus? E o “escolhido” foi uma mulher, Débora. Aparentemente
Deus não encontrou nenhum homem preparado para fazer a obra de Deus. Vemos que
Deus pode e realmente usa qualquer pessoa que confia nEle. E tal confiança é o
que capacita alguém a ser um instrumento em Sua obra.

Débora era profetisa. A profecia não é somente a palavra
escrita, mas a palavra – falada ou escrita – que procede de Deus pelo Espírito
Santo. A Bíblia pode nos ensinar toda a teologia que precisamos. É claro que o
conhecimento do grego e hebraico, da arqueologia e da ciência pode ajudar, mas
tudo isso também pode se tornar uma armadilha. Mesmo sem o auxílio dessas
ferramentas, “o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade” (João 16:13), ou seja, o Espírito Santo pode nos
fazer entender perfeitamente o que precisamos saber.

Débora mandou chamar Baraque. Ela o encontrou com uma palavra de
Deus já na ponta da língua: “Porventura o Senhor Deus de Israel não deu ordem?…
e atrairei a ti… a Sísera… e o darei na tua mão” (Juízes
4:6-7). Um simples “Assim diz o Senhor” deveria ser suficiente para Baraque,
mas ele não iria para a guerra a menos que Débora fosse com ele. Portanto, a
vitória completa não seria dele, pois o inimigo cairia pela mão de uma mulher,
Jael, e não pelo braço de Baraque.

Mas quantas vezes agimos como Baraque? Quantas vezes mesmo tendo
uma palavra do Senhor, nos sentimos fracos demais para seguirmos em frente sem
ajuda? E quantas vezes também perdemos a benção por causa disso?