O mais antigo documento conhecido que reproduz integralmente os Dez Mandamentos está em exibição em Jerusalém, em uma mostra do Museu de Israel – informou nesta quarta-feira (6) o estabelecimento.
O documento, escrito em hebraico e com mais de 2 mil anos de idade, é geralmente mantido nas instalações da Autoridade de Antiguidades de Israel, fora de alcance ao público e em condições draconianas de conservação, similares à caverna onde foi encontrado.
O documento já havia ganhado uma exposição excepcional em Nova York, em 2011, e em Cincinnati, em 2013. Mas seu acesso ao público é muito raro, até mesmo em Israel.
Agora, o público pode apreciá-lo por ocasião da exposição intitulada “Uma breve história da humanidade”, montada no Museu de Israel com recursos oriundos do estabelecimento e inaugurada recentemente. O texto está protegido numa redoma dotada de um dispositivo climático devido à sua fragilidade.
O documento, de 45,7 cm de comprimento e 7,6 centímetros de largura, com as instruções morais que Moisés teria recebido de Deus no Monte Sinai, faz parte dos 870 manuscritos encontrados por um beduíno no noroeste do Mar Morto entre 1947 e 1956 perto de Qumran.
Muitos especialistas estimam que os Manuscritos do Mar Morto foram escritos pelos essênios, uma seita judaica dissidente que se retirou no deserto. Outros especialistas acham que poderiam vir de bibliotecas do Templo Judaico que estava sendo erguido em Jerusalém, e foram escondidos em cavernas com a aproximação dos romanos que destruíram o local em 70 d.C.
O manuscrito original da teoria da relatividade de Albert Einstein está em exibição na mesma exposição, que foi inaugurada em 30 de abril e vai até janeiro de 2016.